Lula exalta heroísmo de trabalhadores e trabalhadoras do SUS na pandemia

O ex-presidente discursou nesta sexta, 5, Dia Nacional da Saúde, durante a Conferência Livre, Democrática e Popular de Saúde

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Lula com participantes da Conferência Popular de Saúde

Em seu discurso durante ato em defesa do SUS na Conferência Livre, Democrática e Popular de Saúde no início da tarde desta sexta-feira, 5, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou e exaltou a atuação dos trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Único de Saúde, durante a pandemia de Covid-19. Para ele, o número de mortes do Brasil, o segundo maior do planeta (mais de 679 mil) poderia ter sido ainda pior.

“Sem o SUS, o saldo da Covid teria sido ainda mais trágico, foram esses trabalhadores e trabalhadoras que mesmo sem o apoio do atual governo colocaram suas vidas em risco e foram para a linha de frente, enfrentando a mais grave pandemia dos últimos 100 anos. Muitos adoeceram e outros tantos perderam suas vidas nessa luta diante da negação da ciência e da omissão criminosa desse desgoverno”, disse ele.

Para o ex-presidente, a dedicação de todas essas pessoas ajudou a mudar a percepção de muitos brasileiros a respeito do SUS. O sistema é alvo de grandes críticas desde sua criação, durante a elaboração da Constituição Federal de 1988.

“Foi graças a essas heroínas e esses heróis anônimos que pudemos ver a grandeza e a importância dos serviços públicos de saúde no SUS. A saúde pública pode ser dividida em dois momentos históricos: um momento antes da pandemia e outro depois. Por mais que a pandemia tenha matado gente e tenha feito vocês sofrerem trabalhando acima da jornada normal, permitiu que muitas pessoas que não reconheciam o serviço do SUS passassem a valorizar o heroísmo com que vocês se dedicaram a salvar a vida dos brasileiros”, afirmou.

Crimes na pandemia

No discurso, Lula afirmou que o atual governo é responsável por boa parte da tragédia das mortes da pandemia. Não apenas por ter retirado dinheiro da Saúde, mas pela falta de políticas claras de enfrentamento à Covid-19, pelo negacionismo contra vacinas e a favor de tratamentos sem comprovação científica e pela má administração do setor.

“A irresponsabilidade desse desgoverno não tem limites. O atual presidente lidou com a pandemia de forma criminosa, e é responsável direto por centenas de milhares das mais de 678 mil mortes causadas pela Covid. Trocou ministros como se fossem descartáveis, substituindo a gestão técnica e científica por uma linha de comando militar em que, como ele mesmo disse, “um manda e outro obedece”. Tornou o Ministério da Saúde uma fonte espalhadora de fake news, apregoando tratamentos ineficazes, a exemplo da cloroquina”, criticou.