Lula fala da pobreza em Campinas e diz que vai conversar com estudantes sobre a destruição na educação

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No início da entrevista na manhã de hoje, 4, à rádio CBN Campinas (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula comentou sobre a viagem que fará nesta quinta (5) à Região Metropolitana de Campinas, a segunda mais populosa do estado de São Paulo. Ele irá visitar a Vila Soma, uma ocupação da luta por moradia e dará uma aula magna na Unicamp, onde vai falar com estudantes sobre a desastrosa política educacional do atual governo, que tirou recursos das universidades e da produção científica.

“Ir à Unicamp é sempre um prazer. Quero conversar com os estudantes sobre o que aconteceu na educação deste país, a destruição da ciência e tecnologia, a falta de recursos para as universidades do país inteiro”, destacou.

“O fato de fazer a viagem a Sumaré e Campinas antes de lançar a pré-campanha para mim é muito significativo. Primeiro, porque já fui à Vila Soma três vezes. Segundo, porque Campinas representa um conjunto de outras cidades com cerca de 3 milhões de habitantes. Campinas é como se fosse a grande capital de uma região”, disse o ex-presidente.

Na Vila Soma, Lula irá voltar àquela que foi a maior ocupação do país, e que ele ajudou na campanha para se tornar um local digno de moradia. Hoje, cerca de 10 mil pessoas vivem na região, que já tem fornecimento de luz e certificados de regularização fundiária. 

Na entrevista com o jornalista Flávio Paradella, Lula também falou sobre os problemas sociais que assolam o Brasil, até mesmo em locais como Campinas. “Uma cidade rica como Campinas, uma região rica como a região de Campinas, não tem sentido ter gente dormindo na rua, ter gente perambulando pela rua, ter gente dormindo nas praças. Qual é a lógica disso?”, questionou.

Legado em Campinas

Em Campinas, os principais legados deixados pelo PT foram nas áreas da Saúde e da Educação. Além da construção do Complexo Hospitalar Ouro Verde, o governo federal reformou 4 postos de saúde e entregou duas UPAs, além de contratar 98 médicos pelo programa Mais Médicos e 171 equipes de Saúde da Família.

Na área educacional, o número de matrículas no ensino superior em Campinas cresceu 60% entre 2003 e 2014: de 38,7 mil para 62 mil. Ao todo, 30,4 mil bolsas foram concedidas pelo Prouni e 25 mil alunos foram beneficiados pelo Fies. Além disso, foram criados dois campi do Instituto Federal de São Paulo, um em Campinas e um em Hortolândia.

Entre 2003 e 2016, foram criados 166,9 mil postos de trabalho formalizados na cidade. O Bolsa Família atendia 27 mil famílias da cidade em 2016. Já o Minha Casa Minha Vida teve 27,4 mil unidades contratadas até 2016. Por fim, o PAC financiou 50 projetos nas áreas de saneamento, educação, saúde, urbanização, habitação, energia e transporte, dos quais 11 tiveram obras concluídas e 23 foram iniciadas ou estão em execução.