Lula faz reunião com a União Nacional por Moradia Popular

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta do PT, Gleisi Hoffman, receberam na manhã de hoje, 15, na Fundação Perseu Abramo em São Paulo, a coordenação da União Nacional por Moradia Popular. O movimento trouxe um panorama de como está a luta pelo direito à moradia, além de propostas. 

Estiveram presentes, de forma física ou virtual, os 27 coordenadores estaduais da União, além da ex-ministra do Planejamento e ex-presidente da Caixa, Miriam Belchior. “Foi importante ouvi-los nesse momento porque sabemos do grande desafio que é fazer um programa de moradia em escala nacional”, disse Gleisi. 

No encontro, o presidente Lula ressaltou a importância do programa Minha Casa Minha Vida, que foi destruído pelo atual governo. “Se eu voltar será para fazer mais e de forma mais eficiente. Não basta fazer a casa para o pobre, é preciso humaniza-la”, disse.  

A ex-ministra Miriam concordou com o presidente e completou: “É preciso aperfeiçoar o trabalho que começamos. O MCMV foi bom, mas podemos melhorar”. O coordenador nacional do União, Sidnei Pita, fez coro ao que foi dito antes ao defender a moradia digna e a reforma urbana. “Também defendemos a autogestão por garantir a qualidade de vida das famílias de baixa renda”, completou.

Antes de encerrar o encontro, o presidente Lula fez questão de reconhecer a solidariedade e lealdade da União. “Nos períodos mais difíceis da nossa vida pública – durante o golpe sofrido pela companheira Dilma Rousseff e os dias que eu fiquei injustamente preso – foram os movimentos como a União por Moradia Popular que permaneceram sempre ao nosso lado”.

O legado do Minha Casa Minha Vida 

Entre 2009 e 2018, o programa Minha Casa Minha Vida entregou mais de 5,5 milhões de unidades habitacionais, sendo um terço para a população cuja renda familiar é de até R$1.800,00. As obras geraram 3,5 milhões de empregos diretos no período, cerca de 390 mil por ano, segundo dados da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). 

Foram gerados R$ 105,6 bilhões em tributos diretos e outros R$ 57,8 bilhões em impostos indiretos, somando um total de R$ 163,4 bilhões neste período, segundo relatório da FGV para a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias). O programa tinha um peso importante no mercado imobiliário. Em 2018, ele representou 75% das unidades habitacionais lançadas e 78% das unidades vendidas, segundo o mesmo relatório.