Lula: “Grande desafio é reconstruir o Brasil, fazer a economia crescer e gerar emprego”

Em entrevista na manhã desta quarta-feira, ex-presidente defendeu união de forças para fazer o país crescer e trazer esperança ao povo

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Em entrevista ao vivo à Rádio Super Notícia FM, na manhã desta quarta-feira (17/08) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, vencendo as eleições, será preciso juntar muita gente para reconstruir o que foi desmontado no Brasil nos últimos seis anos, após o golpe que tirou a ex-presidenta Dilma Rousseff do poder. A entrevista foi concedida um dia antes da agenda de Lula em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (18/08), às 18h, na Praça da Estação.

Lula citou, especificamente, a questão do emprego, da fome, que é grave em Minas Gerais e no país inteiro, do desalento de famílias inteiras preocupadas com os filhos e sem certeza do dia de amanhã e disse ser preciso levantar a cabeça e fazer o Brasil voltar à normalidade.

“O nosso grande desafio é a reconstrução do Brasil, a partir de primeiro de janeiro de 2023. É reconstruir. Eu digo sempre que é fazer o Brasil voltar à normalidade. É como se você tivesse saído de casa e a casa tivesse sido arrombada e tivessem mexido em tudo. Você vai ter que colocar as coisas no lugar. Você vai ter que fazer a economia voltar a crescer, vai ter que voltar a gerar emprego”, afirmou, apontando também como prioridade a formação de mão de obra qualificada para que as pessoas possam ganhar melhores salários e cuidar das crianças prejudicadas na formação escolar por causa da pandemia.

No processo de reconstrução, disse, uma das primeiras ações é convocar os 27 governadores eleitos para um encontro, logo no começo do governo, para que todos apontem as prioridades de obras de infraestrutura em seus estados a fim de que as coisas comecem a acontecer, gerando emprego e salário.

Protagonismo

Lula também mencionou a necessidade de fazer o Brasil recuperar o prestígio e protagonismo internacional e disse que a reconstrução é também de costumes, já que o país entrou numa dinâmica de intolerância, com a “teia do mal” que Bolsonaro teceu no país

“Pegar o país em 2023 é infinitamente pior do que pegamos em 2003. Agora você tem o ódio, agora você tem o desrespeito às instituições, agora você tem a fake news, agora você tem o pessoal do mal fazendo maldade na rede social com o Brasil e com o povo. É quase como reconstruir o Brasil do ponto de vista do costume, de fazer o Brasil voltar a ser um país fraterno, cordial, solidário. É uma tarefa muito séria que nós vamos precisar de todo mundo para ajudar a reconstruir o Brasil.”