Lula: “Não tentem ganhar de mim no tapetão. Disputem comigo”

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar nesta terça-feira (6), em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco, a tentativa de “tapetão” para impedi-lo de concorrer à presidência em outubro. Lula desafiou seus acusadores a promover a disputa política no campo a que ela pertence: o das eleições. “Eu não posso dizer que você é ladrão se eu não tiver uma prova. O que eu não quero é que eles tentem me tirar da política com mentiras. Só tem um jeito de me derrotar: disputem comigo. Não tentem me tirar no tapetão”, afirmou o ex-presidente.

Lula disse estar indignado com mais um julgamento parcial, desta vez no TRF4, mas reiterou a confiança de que o resultado possa ser corrigido. “Vou brigar na Justiça para que seja reparado porque sou inocente. Vou continuar acreditando nas instâncias superiores para o bem desse país”, avaliou.

Questionado sobre um eventual risco de prisão e sobre boatos em setores da direita de que o ex-presidente fugiria nesta circunstância, Lula fez questão de lembrar sua trajetória de luta. “A palavra fugir não existe na minha vida. Sou um cidadão brasileiro que tem orgulho. Escapei da fome até os cinco anos. Nordestino que nasce em Caetés, na miséria que eu nasci, a chance de sobreviver é muito difícil. Vou encarar qualquer situação de cabeça erguida. Mas eu tenho fé que a verdade vai aparecer”, pontuou.

O ex-presidente ressaltou ainda a história de sua relação com o povo brasileiro. “Qual político resistiria ao massacre que eu estou sofrendo? A mais de 35 horas de Jornal Nacional? A mais de 60 capas de revista? A mil páginas de jornais?”, questionou. “O grande crime que eu cometi foi fazer com que o povo do andar de baixo subisse um degrau na escada de conquista social. É o crime que muita gente não aceita”.

“Vou continuar acreditando no poder Judiciário. Tem muita gente honesta e trabalhadora. E se alguém quiser fazer política que largue a profissão e dispute a eleição”, ponderou o ex-presidente.

Assista a íntegra da entrevista: