Desde a participação de Lula no Jornal Nacional, voltaram a circular por aí nas redes bolsonaristas fake news dizendo que, caso fosse eleito, ele vai acabar com o agronegócio. Tudo isso, é claro, faz parte da estratégia política rasteira da oposição para assustar o setor rural e prejudicar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas não se deixe enganar, durante todo o período em que foi presidente da República, Lula valorizou o agronegócio, assim como os pequenos produtores. Confira o que Lula fez pelo agronegócio:
O aumento do financiamento da produção, por parte do governo, passou de R$ 20 bilhões em 2002/2003 para R$ 187,7 bilhões em 2015/2016. Quando corrigimos esses valores para os dias atuais, segundo a calculadora do Banco Central, nota-se que o aporte foi o equivalente a R$ 59 bilhões na safra 2002/2003, e cresceu para cerca de R$ 256,5 bilhões em 2015/2016. Ou seja, os investimentos mais do que dobraram, num aumento de 335%.
Bolsonaro, por sua vez, é só bravata. Comparado a esses valores, o investimento da safra 2021/2022, de R$ 251,2 bilhões, nem sequer manteve o que faziam os governos petistas.
Lula e Dilma entendiam que o agronegócio é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento do País, e pensavam na produção com sustentabilidade. Para eles, sempre foi uma verdade absoluta que o País cresce melhor quando cresce junto, por isso fomentaram políticas voltadas para que o agro e a agricultura familiar pudessem atuar em complementariedade.
É por essa visão política que Lula não vai acabar com o agro.
Lula ampliou o limite de crédito por agricultor e a redução de custos, que registrou, nas três últimas safras em períodos petistas, taxas de juros negativas.
Também foram criadas novas linhas de crédito que se adequavam melhor ao perfil do produtor. O Pronamp, para médios produtores, o Moderfrota e o Inovagro, para estimular investimento em máquinas e equipamentos, e o programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono, para apoiar adoção de práticas mais sustentáveis de produção.
Com mais linhas de crédito, a produção de grãos cresceu 98% em 12 anos, saltando de 96 milhões de toneladas (safra 2001/2002) para 191 milhões de toneladas (2013/2014). O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 34% em dez anos, chegando a R$ 1,03 trilhão em 2014. O peso na balança comercial decolou, e o setor foi responsável por 41,28% das exportações em 2013.
Outra importante medida foi a criação do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), para diminuir os riscos do produtor agrícola. Com ele, o governo assumiu o compromisso de ajudar o produtor rural a pagar uma parte do valor da apólice do seguro, em percentual que varia conforme a cultura, a região e riscos envolvidos.
As subvenções pagas pelo governo cresceram de R$ 2 milhões, em 2005, primeiro ano de operacionalização do programa, para R$ 693 milhões, em 2014, ano de maior cobertura. No período do PT, foram atendidos 447 mil produtores, envolvendo R$ 2,8 bilhões.
Os governos Lula e Dilma fizeram as exportações de produtos agropecuários crescer 478% entre 2003 e 2014. O país, que até 2003 exportava para 120 nações, passou a vender para 210 países, e, até hoje, o Brasil é o maior exportador mundial de soja, açúcar bruto, carne bovina congelada e aves.
A cadeia produtiva do agronegócio passou de US$ 30,65 bilhões em exportações, em 2003, para US$ 99,96 bilhões em 2013. A China, que em 2003 importou US$ 1,7 bilhão do agronegócio brasileiro, em 2013 tornou-se o principal destino das exportações do setor. Foi a primeira vez, em ano fechado, que a China superou a União Europeia como principal comprador de produtos do agronegócio brasileiro, adquirindo US$ 22,88 bilhões naquele ano.
Um presidente que já fez tudo isso em duas gestões não teria porquê acabar com o agronegócio. É só na cabeça de quem não sabe de nada disso ou não quer que você saiba que é possível fazer mais e melhor.
No plano de governo Lula-Alckmin apresentado ao TSE, consta o fortalecimento da produção agropecuária e o estímulo a setores e projetos inovadores, assim como o fortalecimento da estrutura produtiva por meio da reindustrialização.
O texto reforça que a produção agrícola e pecuária é decisiva para a segurança alimentar e para a economia brasileira, por isso é preciso investir no desenvolvimento do complexo agroindustrial para a constituição de uma agroindústria de primeira-linha, com alta competitividade mundial.
O governo Bolsonaro tem prejudicado também o agro, principalmente com sua política externa desastrosa. Os recentes ataques do ministro Paulo Guedes à França, por exemplo, colocam o Brasil de hoje na contramão da política de relações exteriores conduzida os governos petistas, que levou o Brasil a ser o terceiro maior exportador de alimentos do mundo.
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