Lula: “Empregada viu que o filho poderia entrar na universidade”

Ex-presidente diz que pobre vai voltar a ser respeitado, com emprego digno, descanso semanal remunerado e direito a férias

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Lula participa de debate na TV Band

O ex-presidente Lula disse neste domingo (28), durante o primeiro debate com candidatos à presidência da República para as eleições de 2022 que, durante seu governo, entre os anos de 2003 e 2010, o filho do pobre entrou na universidade.

A fala ocorreu após Lula contextualizar a política econômica extremamente bem sucedida que ele colocou em marcha. Na época, o país ficou marcado pela baixa inflação, redução do desemprego, recorde na produção da indústria automobilística e o maior crescimento real do salário mínimo na história.

Quando um dos adversários contestou as informações, Lula respondeu: “Nesse país se consegue falar muita coisa. A senhora disse que não viu esse país que eu falei acontecer. O seu motorista viu, o seu jardineiro viu, a sua empregada doméstica viu. Você pode perguntar para sua empregada doméstica que ela viu que esse país melhorou, ela viu que ela podia almoçar e jantar todo santo dia, que ela podia tomar café, ela viu que o filho dela poderia entrar na universidade… o seu jardineiro viu”, disse o ex-presidente.

“O pobre deste país vai voltar a ser respeitado, ele não vai ter emprego verde e amarelo, ele vai ter emprego efetivamente, com descanso semanal remunerado, com direito a férias. Porque esse país acabou a escravidão em 1888. Não é possível que o trabalhador hoje fique trabalhando como se fosse um entregador de comida sentindo o cheiro da comida, sem poder comprar o que comer”, comentou.

Governar para os pobres

Entre os números apresentados por Lula no ano de sua posse, em 2003, estão a inflação e o desemprego na casa dos 12%. Além de enfrentar essa crise, seu governo gerou 22 milhões de empregos.

“Eu quero voltar para ver esse país gerar emprego, para ver se o salário mínimo volta a aumentar. Esse país é possível de ser consertado, eu já provei uma vez, eu tenho o prazer de, quando eu deixei a Presidência, a economia crescia 7,5%, o comércio varejista crescia 13% e a gente estava vivendo uma situação em que o trabalhador mais pobre tinha recebido 80% de aumento. Foi o mais importante governo de inclusão social da história desse país”, completou.