O ex-presidente Lula defendeu na manhã desta segunda-feira (22/08), em entrevista a jornalistas estrangeiros, que é preciso investir mais em empregos, em políticas de inclusão social e de combate à fome do que em guerras. E que o Brasil fará parte das negociações para restabelecer a paz. “O Brasil fará todo o esforço que tiver ao seu alcance na conversa com outro chefe de estado para que a gente estabeleça novamente a paz. Não interessa a ninguém neste momento qualquer guerra. O mundo está precisando de paz”, disse ele.
De acordo com o ex-presidente, o mundo tem muito dinheiro volátil viajando os oceanos, mas pouco dinheiro para geração de emprego. “É preciso menos investimento em guerra e mais investimento em empregos, mais investimento em políticas de inclusão social, mais investimento em políticas de combate à fome para acabar com a desigualdade no planeta”, afirmou.
Lula defendeu a reformulação das Nações Unidas, para que tenha força e seja capaz de evitar o prolongamento de conflitos como Ucrânia e Rússia. “A geopolítica mudou. É preciso colocar a geopolítica do século XXI para dirigir a ONU e quem sabe a gente consiga evitar essas guerras”, defende. Para ele, o Conselho de Segurança deveria ter a participação do Brasil, da Índia, da África do Sul, do México, da Alemanha e do Japão. “Era preciso ter mais. A guerra acabou em 1945”, reclamou.
“Guerras são resultado de falta de muita conversa e muito debate e de muita discussão. Se a guerra não acabar, a gente vai tentar interferir. A guerra não leva a nada, só à destruição. Precisamos é de emprego, trabalho e educação para que o mundo seja humanamente mais justo”, completou.