O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a justiça precisa fazer valer a Lei do Racismo, em vigor desde 1989, para coibir e acabar com o preconceito no Brasil. A declaração ocorreu neste domingo (23/10), durante entrevista aos comunicadores Cauê Moura e Load Comics, com exibição YouTube.
Como exemplos ele citou os casos do Seu Jorge que, durante um show em Porto Alegre (RS), foi chamado de “macaco” e do humorista Eddy Junior, quando uma vizinha não quis entrar no mesmo elevador que ele e o ofendeu.
“Isso é crime inafiançável. A gente não pode deixar barato. O racismo tem que acabar! O preconceito contra os pobres tem que acabar! O que queremos evocar é o humanismo, a solidariedade, a compaixão, a convivência dos diferentes, coisa que está ficando impossível”, disse, em referência à sua campanha rumo à Presidência da República.
“Esse país teve 350 anos de escravidão e o preconceito racial está incutido na massa encefálica das pessoas. A lei já diz que racismo é inafiançável. O preconceito é uma doença. Os racistas precisam ser punidos e a punição tem que ser dura. Essa gente não pode ficar impune”, completou Lula.