Dando continuidade às agendas em Brasília, Lula se reuniu com servidores públicos sindicalizados para tratar das possíveis consequências da aprovação da PEC 32/2020, da proposta de reforma administrativa do governo Bolsonaro.
A PEC foi entregue pelo governo ao Congresso Nacional em setembro do ano passado e já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e por uma Comissão Especial criada pela Câmara dos Deputados para analisar a matéria, que agora vai a plenário.
Seguindo a linha da equipe econômica do governo, a proposta diminui o papel do Estado na prestação dos serviços públicos – abrindo espaço para empresas privadas -, flexibiliza a estabilidade dos servidores (abrindo caminhos para a instrumentalização do Estado) e propõe uma série de outros ataques ao Estado e à sociedade.
Lula defendeu a estabilidade para que os servidores públicos não fiquem suscetíveis aos humores da política. O ex-presidente disse ainda que fortalecer o Estado e a prestação dos serviços públicos é de fundamental importância, já que é a contrapartida ao pagamento dos impostos.
No contexto da pandemia, Lula falou sobre o Sistema Único de Saúde. “Era muito comum a gente ver na imprensa as reportagens falando mal do SUS. Finalmente, as pessoas descobriram a grandeza dos funcionários públicos do SUS e a grandiosidade desse serviço público”, disse.
O ex-presidente também declarou ser impossível reconstruir o Brasil sem um Estado forte e, após ouvir as falas das entidades presentes, reforçou seu apoio à luta dos servidores.
“A gente vai colocar esse país no lugar de que nunca deveria ter saído e vamos tirá-lo do lugar em que jamais deveria ter entrado” finalizou.