Lula recebe líderes sindicais e alerta: é preciso ampliar luta pela soberania

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Por Henrique Nunes da Agência PT

A conexão de Luiz Inácio Lula da Silva com os anseios da maioria da população diz muito sobre o Brasil de hoje.  Diante da catástrofe iniciada por um presidente que cultua o ódio e é avesso ao diálogo, tudo o que Lula diz ou escreve acaba por renovar as esperanças daqueles que acompanham com espanto e indignação os desdobramentos políticos do país.

Nesta quinta (3), por exemplo, enquanto milhares de pessoas ocupavam as ruas em defesa da soberania nacional, o ex-presidente debatia o tema com lideranças de duas importantes unidades sindicais:  José Maria Rangel, coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), e Sérgio Nobre, secretário geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que falaram à militância durante ato realizado na Vigília Lula Livre.

A visita de ambos aconteceu no mesmo dia em que a Petrobras completara 66 anos sem motivos para comemorar – a estatal está no radar entreguista e subserviente de Jair Bolsonaro, o descontrolado e impopular presidente da República. Para Lula, a defesa da petroleira brasileira,  está sendo vendida aos pedaços a suas concorrentes estrangeiras. deve ser tratada com urgência, já que tem sido  “vendida aos pedaços a suas concorrentes estrangeiras”.

“Lula sabe de tudo o que está acontecendo aqui fora. Ele está indignado com a posição do governo de querer privatizar não só a Petrobras, mas todas as estatais”, revelou Nobre.

O sindicalista, no entanto, segue o tom otimista que tão representa o ex-presidente: “Lula tem certeza de que esta realidade que estamos vivendo pode ser transformada. Nós já derrotamos a ditadura militar colocando o povo na rua, com movimentos sociais, debatendo com a população, movimento sindical nas portas das fábricas. Então é isso que temos que fazer para derrotar esse governo de desmonte, golpista e miliciano de Jair Bolsonaro”.

Olho no olho

Lula tem repetido à exaustão a todos que o encontram no cárcere político de que é preciso, mais do que nunca, dialogar com o povo “olho no olho”, com intenso trabalho de base e com o didatismo necessário para que todos compreendam que é a própria democracia do país que está ameaçada.

“O presidente colocou para gente a importância de ir além do discurso de Lula Livre. É preciso explicar por que ele está preso injustamente e por que queremos ele livre.  E todos sabem que ele só está aqui porque ousou fazer com que o povo brasileiro andasse de cabeça erguida. Ele sempre cuidou da nossa soberania e esse é o ponto central que ele traz como tarefa para cada um de nós. Temos que defender as nossas riquezas, nossas estatais, nossas águas, nossas florestas”, reiterou Rangel.

As tarefas são muitas para cada um de nós, prossegue o coordenador da FUP, “e é preciso coragem para seguir. Coragem significa coração agindo”.