Lula sobre privatizações: quem não sabe governar, vende

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quarta-feira (15) a política econômica do presidente Bolsonaro e do ministro da economia Paulo Guedes, pautada na venda do patrimônio nacional. Lula disse que cabe ao Estado garantir proteção à sociedade e que só faz sentido governar se as pessoas pobres e o trabalhador tiverem ascensão social.

“Quantas escolas ele fez? Quantos postos de saúde? Efetivamente, é um governo que não existe. É ele e Paulo Guedes mentindo todo dia. A economia do Paulo Guedes é um desastre. Os ricos defendem ele porque os ricos estão à espera que ele privatize tudo que ainda falta privatizar, porque quem não sabe fazer, vende”.

 O ex-presidente avaliou que o país andou para trás desde que o PT saiu do poder.  Uma demonstração disso é o fato de o PIB deste ano fechar em patamar similar ao de 2013, afirmou. “O Brasil afundou no abismo”.

Lula reclamou do desmonte e desrespeito com as instituições, o aumento do desemprego e da inflação e questionou que obras o governo Bolsonaro fez. “Qual obra Bolsonaro fez em quase quatro anos de mandato? O ele investiu, quantas escolas? Ele não é construtor. É destruidor, é demolidor”. 

 Orçamento secreto é corrupção, diz Lula 

O ex-presidente  também criticou a proposta de “Orçamento Secreto” do governo Bolsonaro e disse que esse seria um canal aberto para corrupção e malversação do patrimônio público. “É o Legislativo governando no lugar do Executivo, que é fraco”.

Ele afirmou que em seu governo criou os principais mecanismos de combate à corrupção e que o PT não impediu que denúncias fossem investigadas, ao contrário do governo Bolsonaro que protege os filhos. “O melhor jeito de combater a corrupção é deixar investigar”.

Esta semana, o procurador-geral da República, Augusto Aras, impediu mais uma vez que se investigue o presidente Bolsonaro. O procurador, que tem a obrigação constitucional de zelar pelo país e não defender o governante, pediu ao Supremo Tribunal Federal que anule a abertura do inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime ao divulgar notícias falsas que associavam as vacinas contra a Covid-19 à Aids durante uma live.