Em ato público hoje, 9 de julho, em Diadema (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, pelo bem dos filhos e netos, é obrigação do Brasil mudar a história, acabar com a pobreza, com a fome e com a miséria.
“A gente não quer passar fome, a gente não quer comer do pior. Temos a obrigação de mudar a história desse país a bem dos nossos filhos e netos.(…) Vamos ser eleitos para tomar conta do povo brasileiro”, disse em discurso ao lado do pré-candidato a vice Geraldo Alckmin, do pré-candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad e do pré-candidato ao Senado, Márcio França.
Lula lamentou o fato de o Brasil ter hoje 33 milhões de pessoas passando fome, 105 milhões em situação e insegurança alimentar e ter voltado ao Mapa da Fome, mesmo sendo um dos maiores produtores de alimento do mundo.
Segundo ele, a fome resulta da falta de dinheiro, que é fruto do desemprego, que, por sua vez, acontece por irresponsabilidade de quem governa.
Já provamos que aumento de salário não faz mal para ninguém. Já provamos que comer bem não faz mal para ninguém. Já provamos que pobre tem direito, que pobre, que trabalhador tem direito porque aqui nem eu nem vocês fizermos opção para gostar da pobreza, para gostar da miséria. O que a gente quer é acabar com a pobreza, acabar com a miséria.
Lula
O ex-presidente voltou a destacar a importância das políticas públicas para acabar com a violência nas periferias das cidades e defendeu que o Estado cuide de jovens que muitas vezes são tratados como bandido e caso sem solução. Segundo ele, é preciso achar a causa que leva alguns jovens para a violência.
“É preciso entender que a violência que acontece nas periferias não é a polícia que vai resolver. É o Estado estar na periferia com polícia pública, com saúde, educação, inclusive, educação em tempo integral. (…) Se num bairro pobre de Diadema tiver escola, saúde, área de lazer para a meninada brincar, lugar para as pessoas participarem da vida cultural de sua cidade, tiver rua iluminada, asfaltada, tiver água encanada, tratamento de esgoto, não tem porque ser violento”, disse.