Lula: venda da Eletrobras inviabiliza programas sociais

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar nesta quarta, 1, o processo de venda da Eletrobras, em curso pelo atual governo, e se posicionou contrário ao projeto de se desfazer do patrimônio nacional, implantado por Bolsonaro. Segundo Lula, o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer vender até os tapetes dos palácios da Alvorada e do Planalto, porque o governo não sabe desenvolver o país. Lula defendeu um estado forte, que seja capaz de gerar emprego e aumentar o salário mínimo.

“Seu Guedes está tentando vender até os tapetes do Alvorada e do Planalto, porque eles não sabem falar a palavra desenvolvimento, não sabem falar a palavra educação, não sabem falar a palavra cultura, não sabem falar nada daquilo que necessitamos”, disse em Porto Alegre (RS), em ato em defesa da soberania.

Lula afirmou que a venda da Eletrobras vai inviabilizar programas sociais para levar energia elétrica aos mais pobres, como o Luz para Todos, executado pelos governos petistas.

“Se a gente deixar privatizar a Eletrobras, se preparem porquê as empresas não vão tomar conta apenas do preço da energia, vão tomar conta da água dos nossos rios, é capaz de não deixarem a gente nadar. E mais grave: nunca mais haverá um programa como o Luz para Todos no qual o nosso governo colocou 20 bilhões de reais para fazer um programa que atendeu 16 milhões de pessoas que viviam na base de um candeeiro”, afirmou.

O ex-presidente lembrou que os interessados em comprar a Eletrobras ou mesmo a Petrobras, que o governo está desmantelando aos poucos, terão que conversar com ele, caso ganhe as eleições de outubro.

Estado forte para cuidar do povo

Lula defendeu um estado forte que seja responsável por garantir a cidadania do país. “Não tenho medo de dizer: eu não quero um estado fraco, eu não quero um estado pequeno, eu não quero um estado subserviente. Eu quero um estado forte, que seja responsável pela educação, pela saúde, pela geração de emprego, que seja responsável por aumentar o salário mínimo, que seja responsável por dar cidadania a cidadãos e cidadãs desse país”, afirmou, acrescentando que recuperar o Brasil e reconstruir a soberania não é tarefa só do PT ou da esquerda, mas de todos que têm compromisso com a dignidade, com o povo trabalhador e com o povo pobre. “E é isso que eu vou fazer”.