O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou um estaleiro em Niterói para conversar com trabalhadores sobre a redução de empregos na indústria naval, que chegou a ter mais de 82 mil empregos diretos e 400 mil indiretos no Brasil, com mão de obra qualificada e gerando receitas em diversas cidades do país, como Niterói e Angra dos Reis (RJ), Rio Grande (RS) e Ipojuca (PE).
Lula ficou indignado diante de partes de plataforma que estavam sendo construídas para a Petrobrás e agora, paradas há anos, devem ser transformadas em sucata.
Durante a visita, o dirigente da FUP, José Maria Rangel, leu um documento que lembra as conquistas da indústria naval nos governos do PT e seu desmonte pela Lava Jato e o golpe.
No governo Lula as encomendas para a indústria naval geravam empregos em projetos por todo o país. Entre 2003 e 2016 foram construídas 605 novas embarcações e no Brasil e os projetos contratados atingiram mais de R$ 50 bilhões, entre 2007 e 2015.
Hoje, não há nenhum contrato para produção de embarcações no Brasil. Encomendas anteriores da Petrobrás foram paralisadas, tiveram suas contratações descontinuadas e muita plataformas em construção transformadas em sucata, mesmo estando quase concluídas e substituídas por compras China e da Cingapura, gerando empregos no exterior. O Rio tinha 33 mil trabalhadores da indústria naval, hoje tem apenas 7 mil.
A indústria naval é fundamental para desenvolver um sistema de transporte por cabotagem e empregos, conta com apoio governamental e políticas locais nos países mais desenvolvidos do setor, como Coreia do Sul, Estados Unidos e China.