Lula: Zona Franca é importante para a economia do Amazonas

Em entrevista à Rádio MIX de Manaus, ex-presidente ressaltou a importância da zona industrial para a manutenção dos empregos

Compartilhar:

Zona Franca é importante para o desenvolvimento do Amazonas, diz Lula

Em entrevista ao vivo à Rádio Mix de Manaus na manhã desta quarta-feira (26/10), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da Zona Franca de Manaus para o desenvolvimento do Amazonas e da região Norte e disse que o governo federal precisa fazer todo o esforço necessário para manter a área industrial funcionando.

“Se ela for extinta e as empresas continuarem saindo, como algumas já saíram, podemos ter caos de desemprego na região”, afirmou, lembrando que os governos petistas prorrogaram por 60 anos os benefícios fiscais que atraem empresas para a região. Nos governos dele, o acordo da Zona Franca foi prorrogado em dez anos. A presidente Dilma Rousseff autorizou mais 50 anos.

Lula criticou a postura do adversário Jair Bolsonaro que ameaça os benefícios da região, tentando reduzir IPI de produtos que podem prejudicar a competitividade da Zona França. “O atual presidente tenta tirar benefícios numa demonstração de que não tem conhecimento do significado a existência da Zona Franca para a economia do estado e da cidade e para região Norte”, disse, enfatizando que não se pode mexer na Zona Franca enquanto não houver um outro modelo de desenvolvimento que leve outras empresas para a região.

O ex-presidente lembrou obras importante dos governos petistas no Amazonas – como o gasoduto Coari-Manaus, desejo antigo da região, a ponte sobre o rio Negro, reforma e ampliação do aeroporto, um terminal hidroviário, modernização da Refinaria do Amazonas e uma nova estação de tratamento de água que beneficiou mais de 600 mil pessoas. Segundo ele, nos governos petistas, foram gerados cerca de 630 mil vagas de emprego no estado.

Na conversa com as jornalistas Odinéia Araújo e Arthemisa Gadelha, Lula destacou a necessidade de o Brasil retomar o protagonismo internacional e as relações com os países do mundo e atrair capital externo para investimento direto no país. Em resposta a pergunta da emissora ele disse acreditar ser possível atrair empresa de semicondutores, como era sonhado na época em que o Brasil assinou o acordo de TV digital.