A semana começou com mais um aumento nos preços dos combustíveis, com o anúncio da Petrobras de que o óleo diesel será reajustado em 8,87%, com o preço do litro passando de R$ 4,51 para R$ 4,91 na refinaria.
A elevação dos combustíveis e a consequente alta de outros preços, em efeito cascata, tem pressionado a inflação e provocado dificuldades diversas para as famílias brasileiras – especialmente as mais pobres – e impacto negativo em diferentes setores da economia, segundo relato de veículos de imprensa.
Reportagem do Valor Econômico conta que a produção de eletrodomésticos no primeiro trimestre deste ano foi 25% inferior ao registrado no mesmo período de 2021, de acordo com dados da produção industrial medida pelo IBGE
Segundo o jornal, num cenário de inflação e juros altos, o setor é afetado pelo fato de o consumidor estar mais pobre e sem dinheiro, com o orçamento apertado e voltado mais para gastos com alimentos, energia e combustíveis.
Já O Estado de São Paulo informa na manchete desta segunda (9) que a inflação nas alturas dificulta o planejamento de empresas até mesmo no curto prazo. “Sem previsão de quanto vai custar a matéria-prima ou o frete no mês seguinte, muitas delas estão tendo de engavetar investimentos importantes para a melhoria do processo produtivo, mudar modelos de vendas e reajustar os preços mais vezes durante o ano, para não comprometer as margens financeiras”, diz o jornal, acrescentando que a inflação alta provoca um ciclo vicioso para uma retomada consistente da economia.
Enquanto isso, o trabalhador fica mais pobre, com dificuldades de pagar as contas e sem dinheiro suficiente inclusive para comer.
O valor médio do litro do óleo diesel no Brasil, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis , na última semana (de 01 a 07/05) era de R$ 6,63. Com a alta de R$ 0,40 no valor do diesel na refinaria, a média passará a R$ 7,03. No mês de abril, o preço máximo do diesel era de R$ 7,979 – com o aumento, passará a R$ 8,37.