Manuela D’Ávila defende recomposição da capacidade de investimentos públicos destruída pelo golpe

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A deputada estadual Manuela D’Ávila (RS), representante do PCdoB na coligação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participou, nesta segunda-feira (20/08), da sabatina da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).

Manuela afirmou que é preciso que o Brasil volte ao protagonismo que há pouco exercia na região e no mundo. “Precisamos gerar riqueza e, quando geramos riqueza, temos a possibilidade de distribui-la para que as pessoas tenham suas dignidades e suas vidas garantidas”.

Para que isso aconteça, de acordo com a deputada, é prioritária uma recomposição da capacidade de investimento público. “As medidas adotadas pelo atual governo emitem sinais contraditórios e não tiveram êxito.  Me refiro à Emenda Constitucional 95, que proíbe investimento público numa área em que o Brasil tem déficit grande, que são os investimentos em infraestrutura social. E o resultado desse corte foi o agravamento desse déficit. Todo mundo sabe que quando se investe menos, se arrecada menos. Esse ciclo precisa chegar ao fim”.

A deputada estadual ressaltou que o acesso ao crédito, que possibilitará à população pagar suas dívidas e voltar a consumir, é uma preocupação particular do presidente Lula para a economia voltar a crescer. “Também acreditamos que pensar num desenvolvimento para o país a médio e longo prazo passa por uma indústria forte. E uma indústria forte não se constrói sem investir na produção de ciência básica nas nossas universidades”.

Manuela disse que é preciso recompor a capacidade de investimento e refletir sobre a construção do fundo de financiamento de infraestruturas, com o uso de uma parcela do redirecionamento das reservas internacionais e de recursos provados para a retomada de 7 mil obras que estão paradas em todo o país.

Ela citou a criação da Empresa de Planejamento e Logística, no governo Lula, como espaço que possa ser reformulado para facilitar investimentos, com absoluta lisura, mas com a rapidez que a crise brasileira impõe.

Quanto ao Programa de Parceria de Investimento, Manuela afirma que a estrutura tem dado certo, mas que pode ser aperfeiçoada. Para ela, unificar processos e facilitar diálogos, objetivos desse tipo de programa, devem ser o espírito norteador da reforma do Estado. A deputada lembrou ainda que a regulamentação da legislação do Parceria Público Privada é do início do governo Lula. “Ou seja, a adotamos no nosso governo como medida estruturante do desenvolvimento do país”.