A Frente de Evangélicos por Direitos entregou, na última segunda-feira (12/09), uma carta de apoio às candidaturas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República e do ex-prefeito Fernando Haddad e Márcio França, a governo e ao Senado em São Paulo. O documento, que foi entregue à Lu Alckmin, Ana Estela Haddad e Lúcia França por mulheres evangélicas, defende a democracia, além de igualdade com os homens, a não discriminação pelo credo e a segurança de que elas e os filhos sejam protegidos da violência.
“Não queremos que nós, mulheres evangélicas, sejamos tratadas de forma diferente de nenhuma outra mulher brasileira, de qualquer credo religioso. O que toda mulher, de norte a sul do Brasil, precisa é de tranquilidade, de certeza que sairá para trabalhar e ao voltar encontrará seus filhos vivos. As mães querem ter a certeza que a violência e a barbárie não ceifarão a vida de suas crianças, nem o abuso, nem a exploração sexual roubarão suas infâncias”, diz trecho do documento.
A carta também destaca a necessidade de pôr fim ao feminicídio e a qualquer tipo de violência contra a mulher. “Não podemos consentir com a violência física nem com a violência psicológica ou relações abusivas. Nem dentro das igrejas ou em nenhum espaço fundamentado pela presença feminina”, diz a Frente Evangélicos por Direitos.
Representante do grupo, a jornalista Nilza Valéria Zacarias contou sobre suscetibilidade de jovens negros numa sociedade racista e também alertou para a banalização da violência com o aumento de circulação de armas no país. “Não queremos mais violência, fome e miséria. Oramos para que haja mudança nessas eleições. Não aguentamos mais tanto ódio”.
Em relato emocionado, Lúcia França, candidata a vice na chapa de Fernando Haddad, contou sobre sua experiência de vida e destacou a importância de São Paulo ser gerida por duas pessoas que vieram da educação, como ela e Haddad. “Jesus disse amai-vos uns aos outros e não armai-vos uns aos outros”.
Ana Estela Haddad, também acadêmica e companheira de Fernando Haddad, defendeu políticas sociais inclusivas e afirmou que a sociedade precisa avançar coletivamente. “Não há bem fora do coletivo. Se eu estiver bem, mas o coletivo não estiver, não estamos bem”.
Lu Alckmin, esposa do ex-governador Geraldo Alckmin e com a vida dedicada ao trabalho social, destacou a necessidade de mudar a realidade atual, de milhões de pessoas com fome. “Dignidade é ter comida na mesa, emprego, saúde, educação”, afirmou.
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