O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou nesta sexta-feira (21/10), durante live no Facebook com o deputado federal André Janones (Avante), que o salário mínimo será reajustado todos os anos acima da inflação, com ganho real para a população, principalmente aos aposentados e pensionistas.
“No nosso governo o salário mínimo vai ser aumentado todo ano, de acordo com a economia. Se a economia crescer 10%, nós vamos aumentar 10%. Se aumentar 2%, nós vamos aumentar dois. Não basta o PIB crescer se ele não for distribuído. Na medida que a economia cresce, o salário das pessoas também vai crescer”, disse.
O assuntou ganhou as redes nos últimos dias, já que o governo Bolsonaro pretende fazer justamente o contrário. A informação foi confirmada pelo atual ministro da Economia, Paulo Guedes, que encomendou um plano para desvincular o reajuste do salário mínimo do índice de inflação do ano anterior. A proposta bolsonarista diminui ainda mais o poder de compra do cidadão.
Na live, o ex-presidente destacou a importância do salário mínimo para milhões de famílias, sobretudo os aposentados e pensionistas, onde muitos são responsáveis pelo sustento de filhos e netos.
Na conversa com Janones, o ex-presidente também confirmou que vai retomar a construção de moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida, principalmente para famílias que ganham até dois salários mínimos, logo no primeiro mês de governo. Também ressaltou que manterá o pagamento de R$ 600 do Bolsa Família, com um adicional de R$ 150 por filho de até seis anos de idade para as famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza.
O programa, extinto pelo governo de Jair Bolsonaro, exige contrapartidas, como a obrigação dos pais levarem seus filhos para tomar vacina, além de matriculá-los numa escola. No caso de grávidas, é necessário realizar o pré-natal.
“Se, desde que deram o golpe na Dilma, tivesse aplicado a inflação no Bolsa Família, o valor já estaria próximo de R$ 600. E ainda é pouco. Nós vamos aumentar o salário mínimo todo ano, e, possivelmente vai ter muita gente que não vai precisar mais do auxílio. Quando a pessoa começar a ganhar mais, ela abre mão disso. O que todo mundo quer é ganhar um salário digno e cuidar da sua família com o seu trabalho e com o seu suor. Ninguém vai tirar esse direito do povo”, declarou.
