Na quadra da Unidos da Tijuca, Lula destaca valorização dos trabalhadores da cultura

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Em evento com trabalhadores do samba na quadra da Unidos da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ), na noite de hoje, 6, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a valorização da cultura nacional e de seus trabalhadores, desde os que empurram os carros alegóricos e os que fazem as fantasias e alegorias, até os que desfilam no alto deles, como destaques.

“Cultura é arte, é emprego, é trabalho e a gente vai com respeito o pessoal da cultura que ficou passando privações por conta da política de destruição que esse atual presidente da República fez com a cultura em nosso país”, disse o ex-presidente, que chamou atenção para o valor da festa para a cidade. “Vi um material da prefeitura do Rio dizendo que o Carnaval trouxe a bagatela de R$ 4 bilhões para os cofres da cidade. Antes da pandemia, rendia R$ 8 bilhões”, disse, demonstrando a relevância do setor para a cidade e o país.

Lula, que tem afirmado em suas viagens pelo país que pretende recriar o Ministério da Cultura e criar comitês em cada cidade para valorizar a cultura brasileira e sua cadeia produtiva, ressaltou também a participação popular em festas como o Carnaval. “O papel do Estado é garantir que as pessoas conheçam o Brasil na sua plenitude”, afirmou. “Precisamos tratar o samba como uma indústria de geração de oportunidades para o povo brasileiro”.

“Quando a gente está sentado na frente da televisão, não se dá conta que todas aquelas coisas maravilhosas alguém fez, e normalmente quem fez são as pessoas mais humildes, que ficam empurrando o carro alegórico, mas que têm tanta importância quanto aquele que está em cima, representando a alegoria. A gente não se dá conta de quantas mulheres trabalham em suas casas ou no barracão da escola, fazendo as fantasias que nós achamos maravilhosas e parecem que foram importadas de um país muito rico e, na verdade, foram feitas pelo povo pobre e trabalhador”, destacou Lula.

Para o ex-presidente, a ausência da festa popular em 2021 foi algo que deixou o país mais triste. “Se alguém tinha dúvida da importância do Carnaval para a construção da cultura deste país, a gente precisa olhar como esse país ficou triste em 2021, quando não houve Carnaval em nenhum estado. Como esse país ficou empobrecido e viu desaparecer o sorriso da fisionomia das pessoas mais humildes”, lamentou.