“Não querem apenas me manter preso, querem me calar e impedir que o povo me ouça”, diz Lula 

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (12) que a decisão da juíza Carolina Lebbos de impedir que ele conceda entrevistas tem como objetivo impedir que o povo brasileiro ouça o que Lula tem a dizer. “Eles não apenas querem me manter preso, eles querem me calar, impedir de eu falar, que o povo ouça o que eu falo. E eles estão enganados se acham que com isso vão derrotar as ideias”, disse o ex-presidente aos ex-ministros Franklin Martins e Celso Amorim.

Os ex-ministros do governo Lula estiveram em Curitiba para visitá-lo na prisão e transmitiram a conversa em passagem pela Vigília Lula Livre. “Não será impedindo o presidente de falar, de dar entrevista, que vão segurar essas ideias. Essas ideias estão no povo, estão vindo à tona”, ressaltou Franklin Martins. 

Nesta quarta-feira (11), a juíza da execução penal de Lula negou a ele o direito de ser sabatinado por veículos de imprensa que tinham como objetivo entrevistar todos os pré-candidatos ao pleito eleitoral. Apenas Lula ainda não foi ouvido, mesmo liderando as pesquisas eleitorais. 

“Não vou trocar minha liberdade pela minha dignidade”

Já Celso Amorim relatou que o ex-presidente segue focado na candidatura e que não recuará sobre o tema. “Ele disse algo fundamental que ilustra muito o que ele pensa: eu não vou trocar a minha dignidade pela minha liberdade. Isso diz muito sobre o porque ele é candidato”. 

Ex-ministro de Relações Exteriores, Amorim relatou a preocupação constante de Lula com a questão da soberania nacional. “A soberania está sendo achincalhada pela dilapidação total dos nossos patrimônios. Até a Amazônia está sendo exposta a estrangeiros. A questão da Petrobras, da Embraer… Ele sabe que a soberania é fundamental para a manutenção da democracia”, destacou Amorim.