“Eu sou um dos pais do PT e um dos filhos desse partido. E eu não pretendo deixar ele acabar. Nós vamos ressurgir ainda mais fortes”, afirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta sexta-feira (24), na abertura do 3° Congresso das Direções Zonais do PT São Paulo, na Quadra do Sindicato dos Bancários na capital paulista.
Lula relembrou a criação do PT, dos momentos de dificuldade passados pelos militantes e disse: “quem fala que o PT não tem mais jeito, não acredita na capacidade de luta dos trabalhadores”. E completou falando da coragem do partido de não aceitar mais dinheiro de empresários. “Não vai ser fácil, mas vai servir para conquistar o que tínhamos perdido. O direito de andar de cabeça erguida”.
Ele falou também sobre a PL 4330, o projeto de lei recém aprovado na Câmara dos Deputados, que retira direitos dos trabalhadores e facilita a terceirização. O ex-presidente disse que os trabalhadores precisam se unir, pois “não queremos ver aprovada uma lei que retrocede os direitos dos trabalhadores para antes de Getúlio Vargas”. Lula também lembrou aosmilitantes, “não somos nós que estamos precisando do PT, é o PT que está precisando de nós e temos que defender nosso partido”.
O presidente do PT Nacional, Rui Falcão, afirmou que a decisão de não aceitar mais dinheiro de empresário para o partido é a oportunidade de voltar ao “caminho que nos construiu”. “Um desafio para que nós mesmos, financiemos as nossas ideias”.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também chamou os petistas a de voltar para os princípios da legenda. “Nós construímos o PT em nome daqueles que não tiveram oportunidades e o nosso compromisso continua. Vamos resgatar essa estrela que mudou e vai continuar mudando o Brasil, a revelia de uma elite incomodada com a inclusão social feita por nós”.
O presidente nacional da CUT, Wagner Freitas, chamou uma salva de palmas para a bancada federal do PT que “deu uma colaboração fundamental no enfrentamento contra a PL 4330 na Câmara”. Wagner também convocou os militantes para “fazer o maior 1º de maio do estado de São Paulo, para enfrentar o preconceito da direita e continuar lutando pelos direitos dos trabalhadores”.