Durante sua entrevista para a Rádio Mais Brasil News na manhã de hoje, 24, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não quer que religião e política se misturem em um eventual governo. Para ele, um governante deve respeitar a opinião e a religião de todos, e o principal é que o povo volte a ficar bem, volte a trabalhar e a viver em paz.
“Eu quero que este país volte a ficar bem. Eu quero que as pessoas voltem a ser felizes, que as mulheres vivam com muita tranquilidade e os homens também. Não posso dividir o país entre religioso, evangélico, não. Não vou misturar religião com política. Cada um segue a profissão que quer, cada um segue a religião que desejar e o governante não tem que se meter nisso”, afirmou Lula.
Para o ex-presidente, pessoas responsáveis pelo poder não podem trazer questões ou figuras religiosas para o centro das decisões políticas. “O governante não tem que ficar utilizando padre ou pastor. O governante precisa deixar as pessoas cuidarem da sua fé e da sua espiritualidade com respeito e com independência, não ficar utilizando o nome de Deus em vão”, afirmou.
Recuperar o Brasil
Lula disse que é preciso recuperar o país e fazer as instituições voltarem à normalidade. “Que o Executivo executa, o Legislativo legisla e o Judiciário cumpre aquilo que está na lei. É isso. E o povo quer trabalhar e viver em paz”.
O ex-presidente lembrou que, nos seus governos, teve uma boa relação institucional com todos os governadores e prefeitos. “Nunca me preocupei com quem era de oposição. Quando você tem mandato de presidente, você não pensa na sua relação pessoal, tem que pensar na relação entre os federados. Você não precisa saber de que partido ele é, a que igreja ele pertence ou que time ele torce, você tem que saber que o povo daquela cidade tem direitos e você tem que cumprir com sua obrigação. Foi assim que eu fiz”.
Lula voltou a dizer que, se eleito, a primeira reunião que ele quer fazer é com os 27 governadores, para ver a situação e a obra prioritária em cada um. “Para que a gente faça um pacto de terminar essas obras que são prioritárias em quatro anos de mandato. Eu tenho que fazer 40 anos em quatro”.