“As eleições presidenciais no Brasil não apenas moldarão o destino do maior país da América Latina. São também um referendo sobre o destino da Amazônia: a maior floresta tropical do mundo, às vezes conhecida como os pulmões da Terra”, afirmou o jornal americano The New York Times em artigo publicado na última quarta-feira (17/10).
No texto, o jornal alerta para as graves ameaças à preservação do meio ambiente das (des)propostas de Jair Bolsonaro para a área. O artigo critica a retirada do Brasil do acordo sobre o clima da ONU, conhecido como Acordo de Paris, afirmando que o Brasil tem sido um importante líder mundial quando se trata da redução da emissão de carbono e do desmatamento.
No artigo, Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima, afirma que “uma potencial vitória de Bolsonaro faria, sem dúvida, com que o Brasil perdesse sua liderança na agenda do clima global e se tornasse um grande obstáculo para os esforços globais de combate ao aquecimento global”.
O jornal classifica Bolsonaro como “um deputado de extrema-direita que disse que a política ambiental do Brasil está ‘sufocando o país’” e lembra que o candidato do PSL “prometeu patrocinar o poderoso setor de agronegócio de seu país, que busca abrir mais florestas para produzir a carne bovina e a soja que o mundo exige”.
O texto diz ainda que, mesmo que Bolsonaro não tire o país do acordo climático de Paris, “suas promessas de campanha podem ter consequências terríveis para a Amazônia e, portanto, para o resto do planeta”.