No começo de fevereiro, o New York Times expôs ao mundo a farsa representada pela Operação Lava Jato. No dia 9 daquele mês, o jornal estadounidense publicou artigo de Gaspard Estrada, diretor-executivo do Observatório Político da América Latina do Instituto de Estudos Políticos de Paris, que não mediu palavras ao descrever as ações tomadas por Sergio Moro e os procuradores de Curitiba. Segundo o renomado cientista político, a Lava Jato foi vendida “como a maior operação anticorrupção do mundo”, mas se revelou, mais tarde, “o maior escândalo judicial da história”.
Tamanha foi a repercussão das palavras de Estrada que ele mereceu, no último fim de semana, a capa da edição internacional do NYT, com novo artigo. Desta vez, o cientista explica que Moro e os procuradores de Curitiba “transformaram uma simples força-tarefa em uma entidade acima da lei”.
Também no último fim de semana, a revista The Economist se preocupou em explicar ao mundo o escândalo representado pela Lava-Jato. Segundo matéria publicada na revista britânica, a operação que supostamente visava combater a corrupção foi “desfeita pela politização da Justiça”.
“Sergio Moro, o juiz ativista de Curitiba, revelou-se imparcial. Ele sentenciou Lula a 12 anos por receber um apartamento na beira da praia. Mas Lula nem era dono nem usou o apartamento”, informa a Economist, que, em seguida detalha as consequências da condenação injusta do presidente Lula. “Com ele fora da corrida presidencial de 2018, o senhor Moro se tornou ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, o vencedor da extrema-direita.”
A Economist também cita as escandalosas trocas de mensagens entre o então juiz Moro e os procuradores da República de Curitiba. “Mensagens vazadas mostraram que o senhor Moro orientou Deltan Dallagnol, o principal procurador de Curitiba, em violação aos procedimentos legais”, diz um trecho da reportagem.
Por fim, a revista britânica mostra que, eleito com o discurso anticorrupção, Jair Bolsonaro não tem nenhum compromisso com a honestidade. Escreve a Economist: “Em outro sinal de retorno à ‘velha política’ que Bolsonaro costumava denunciar, ele apoiou Arthur Lira, um réu na Lava Jato, para a Presidência da Câmara dos Deputados”.
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