No Equador, Lula recebe dois títulos de doutor honoris causa por exemplo à integração latino-americana

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Em sua última agenda no Equador, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu dois títulos de doutor honoris causa, pela Universidad Andina Simón Bolívar e pela Escuela Politécnica del Litoral. As homenagens foram oferecidas na Sala Capitular San Agostín, mesmo local onde foi escrita a declaração de independência do Equador, em 1809. O reitor da Universidad Andina Simón Bolívar, Enrique Ayala Mora, disse que Lula é um exemplo para a integração da América Latina por ter consagrado um sistema de ideias que coloca o povo em primeiro lugar, ao mesmo tempo em que ouve todos os segmentos da sociedade. Sergio Flores, reitor da Escuela Politécnica del Litoral, destacou que “Lula estabeleceu uma nova maneira de governar ao assumir e cumprir o compromisso de lutar contra a fome e pela universalização do ensino”.

A Universidade Andina Simón Bolívar, criada pelo Parlamento Andino em 1985, só concedeu títulos honoris causa a sete pessoas até hoje. O reitor Enrique Ayala Mora, que no começo do ano participou do Encontro com Intelectuais promovido pelo Instituto Lula, elogiou o ex-presidente por seu trabalho a favor da integração dos povos e disse que o prêmio vai a um homem “reconhecido por seu grande trabalho em seu país e na América Latina, pela integração latino-americana e pela promoção do diálogo do Brasil com países andinos”.

“Parte do imenso legado de Lula é seu sistema de ideias, que ele honrou em sua vida de sindicalista a político probo, que o permitiu conquistar a presidência de Brasil”. E continuou: “Buscando sempre consensos criativos sustentáveis, o sistema de ideias do presidente deve ser uma referência para líderes políticos, sindicalistas, trabalhadores e todos interessados no debate por um mundo de paz e justiça social”.

Em seu discurso de agradecimento, Lula disse o grande artista equatoriano Oswaldo Guayasamin tem uma frase que muito o impactou: “Chorei porque não tinha sapatos. Até que vi uma criança que não tinha pés”. E desafiou: “Temos que ser capazes de construir uma ética da solidariedade, um compromisso inalienável na luta contra todas as formas de sofrimento e humilhação produzidas pela miséria, o abandono e a exclusão”.

Lula encerrou reafirmando seu compromisso “de continuar trabalhando para tornar mais forte e ativa a integração entre o Equador e o Brasil”.