Na última quinta-feira (04/10), o poder judiciário brasileiro negou pela segunda vez a Lula seu direito ao voto: o ex-presidente não poderá votar nestas eleições. No mesmo dia, a Justiça concedeu o direito de voto a Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas pelo PSDB e também preso sem condenação criminal em julgado.
A Justiça negou a Lula o direito de votar, direito básico de todo cidadão brasileiro. Alega-se que questões burocráticas impediriam o registro do voto do ex-presidente: seriam necessários vinte eleitores, no mínimo, para enviar uma urna eletrônica à sede da Polícia Federal, em Curitiba. Na prática, são retirados de Lula seus direitos políticos antes de sentença transitada em julgado, ferindo a legislação.
A legislação eleitoral determina que só não podem votar aqueles cidadãos que tiverem condenação criminal em julgado – ou seja, que tiverem sido condenados em última instância. Preso político há seis meses, condenado em um processo sem provas, foi negado a Lula o direito de votar, de dar entrevistas e até de receber visitas consideradas “inconvenientes” pela polícia e pela Justiça. Foi o que aconteceu na última quinta-feira (04/10), quando Fernando Morais e Mino Carta, amigos de Lula há mais de 30 anos, foram impedidos de visitá-lo.