“Nunca o agronegócio teve tanto financiamento como no governo do PT. Nunca!”, disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana na CNN. Só quem já fez uma vez pode falar com a traquilidade de quem tem a verdade a seu lado. Só quem já investiu muito na agricultura – tanto no agronegócio como nos pequenos agricultores – pode falar com propriedade sobre a receita para o Brasil voltar a crescer com uma economia pujante que tem o campo como pilar essencial.
Vamos falar sobre o que Lula fez pelo agronegócio: O aumento do financiamento da produção, por parte do governo, passou de R$ 20 bilhões em 2002/2003 para R$ 187,7 bilhões em 2015/2016. Quando corrigimos esses valores para os dias atuais, segundo a calculadora do Banco Central, nota-se que o aporte foi o equivalente a R$ 59 bilhões na safra 2002/2003, e cresceu para cerca de R$ 256,5 bilhões em 2015/2016. Ou seja, os investimentos mais do que dobraram, num aumento de 335%.
Bolsonaro, por sua vez, é só bravata. Comparado a esses valores, o investimento da safra 2021/2022, de R$ 251,2 bilhões. No agronegócio, Jair nem sequer manteve o que faziam os governos petistas.
“O fato de eles não gostarem do PT não é por falta de financiamento, não. Eles sabem que, em 2008, nós fizemos uma Medida Provisória chamada 432, que renegociou as dívidas deles, praticamente US$ 75 bilhões. Se a gente não fizesse isso, eles quebravam”, lembrou Lula.
Lula se refere à aprovação da MP 432, em maio de 2008, enviada por ele ao Congresso Nacional que previa a renegociação de 85% da dívida dos produtores rurais. O valor correspondia a R$ 75 bilhões de um total de dívida de R$ 87,5 bilhões contraídas nas décadas de 1980 e 1990. Foi aprovada e convertida na Lei 11.775/2008.
Taxas de juros de financiamento de maquinários agrícolas de grande porte que eram de em torno de 2% nos governos Lula hoje estão nos 18%, lembra o ex-presidente. “O problema deles não é por problema de financiamento, não. Porque eles sabem quantas viagens nós fizemos e levamos eles para poder melhorar as exportações.”
“O problema deles conosco hoje é porque eles sabem que no governo do PT não vai ter desmatamento na Amazônia. Eu conheço as pessoas irresponsáveis do agro”.
“No agro tem muita gente que sabe, que necessita produzir, que tem de haver uma politica de preservação ambiental, que tem de respeitar questão do clima. O mundo comercial vai cobrar isso do Brasil. Você tem muita gente responsável [no agro] que cuida do meio ambiente, que tenta preservar, que não quer fazer invasões no Pantanal, que não quer fazer invasões em qualquer bioma. Essa gente vai continuar trabalhando, e essa gente conosco ganhou muito dinheiro.”
Lula
Lula e a ex-presidenta Dilma Rousseff fizeram do campo um dos sustentáculos do processo de desenvolvimento. Eles provaram na prática que não precisa haver um modelo único na produção rural brasileira. É muito melhor quando o agronegócio e a agricultura familiar convivem em uma relação complementar.
Com Lula e Dilma, o agronegócio brasileiro cresceu muito e tornou o Brasil um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo. Com mais recursos a cada ano, o agronegócio respondeu à altura, a as safras cresciam, assim como as exportações, que mantiveram uma trajetória de alta. Já a agricultura familiar passou a responder por 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, graças a importantes mudanças no cenário do campo. As famílias passaram a contar com políticas integradas de crédito, assistência técnica, comercialização, seguro e garantia de preço. Com Lula 13, todo mundo cresce. E o agronegócio é prova disso!
