No Dia Internacional dos Refugiados, comemorado todo ano em 20 de junho, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) lança o relatório “Tendências Globais”, que registra o deslocamento forçado ao redor do mundo.
Os números são alarmantes. Em 2015, 65.3 milhões de pessoas foram obrigadas a se deslocar de suas casas, de suas cidades e até de seus países. Destas, 21,3 milhões de pessoas são refugiadas, o maior número desde os anos 90. A metade são crianças. 40,8 milhões de pessoas deste total são deslocadas internas (que permaneceram no seu país mas tiveram de deixar as suas casas).
Esses números identificam pessoas e famílias, em busca de uma vida com paz. Para o advogado Pitchou Luambo, congolês refugiado no Brasil há 5 anos, os refugiados querem de imediato proteger a sua vida e esperam encontrar no país receptor o tratamento digno ao qual todo ser humano tem direito. A fim de estender essa lógica para ações práticas, Pitchou criou o Grupo de Refugiados e Imigrantes Sem-Teto que divulga informações sobre refugio e promove debates e encontros sobre o tema, assim como diversas atividades culturais.
No Brasil, dados de abril de 2016 indicavam que viviam aqui 8.773 refugiados legais, de 79 diferentes nacionalidades. Síria, Angola, Colômbia, Congo e Palestina são os países mais representados em nosso país. A legislação brasileira reconhece aos refugiados o direito ao trabalho, à educação, à saúde e à mobilidade no território nacional, entre outros direitos, a permitir assim as chances para uma vida nova no país.
Porém, são muitos os obstáculos que enfrentam para se integrar à sociedade brasileira. Para Talal Al-tinawi, refugiado sírio instalado no Brasil com sua família desde 2013, a primeira barreira à integração à uma nova sociedade se dá pela língua e pela dificuldade de se aceder ao mercado de trabalho. Ele diz que o governo deveria se esforçar para divulgar mais informações sobre a vida no Brasil e sobre oportunidades de emprego.
No ano passado, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o Brasil estava de “braços abertos” para acolher refugiados. Em 2013, o governo passou a facilitar o ingresso de sírios ao permitir que viajassem ao país com um visto especial, mais fácil de obter (a modalidade também é oferecida a haitianos). Desde então, cerca de 2 mil chegaram ao país.
A iniciativa brasileira era considerada exemplar pelo Acnur (agência da ONU para refugiados) e contrastava com a de várias nações que vêm endurecendo suas políticas migratórias em meio a preocupações com a segurança.
Na contramão da busca de enfrentamento de uma crise humanitária de enormes proporções, o governo provisório de Michel Temer, na pessoa do ministro interino da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou na semana passada a suspensão das relações com a Europa para receber refugiados sírios.”
Mais sobre o tema:
https://www.facebook.com/UNHCR/videos/10155132615493438/?pnref=story
https://www.facebook.com/ajplusenglish/videos/748806248594218/
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