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Para Lula, tempo de crise requer soluções arrojadas para retomada do crescimento

Em discurso realizado na noite da última sexta-feira, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou a respeito da crise econômica por que passa o país e as possíveis formas de superá-la. 

De acordo com ele, de nada adianta ficar insistindo no discurso da estagnação quando a economia está em baixa, é necessário pensar em soluções arrojadas. “Vou falar uma coisa que alguns vão chamar de loucura. Se o governo pegasse 100 bilhões de dólares da reserva que está gerando juros negativos nos Estados Unidos e investisse só em obras essenciais de infraestrutura: portos, aeroportos…. a gente faria a roda da economia girar e o país voltar a crescer”, disse o ex-presidente.

Lula também falou a respeito do processo a que está respondendo no Paraná, em que procuradores o acusam de ser dono de um imóvel no Guarujá que não está nem nunca esteve em seu nome, além de jamais ter sido utilizado por ele. “Estão acostumados a mexer com político corrupto que tem medo deles. Dessa vez cometeram um erro, mexeram com a pessoa errada. Se um juiz (Sérgio Moro) precisa da imprensa para julgar um cidadão, a pergunta que eu faço é: por que é preciso então um juiz? O que eles estão fazendo é criminalizar por manchete de jornal. Mas o que eles não sabiam é que minha relação com o povo brasileiro não é eventual, já tem mais de 40 anos”, disse o ex-presidente.

Lula esteve no Sindicato dos Metalúrgicos para o lançamento de um livro que conta parte da história das famosas greves do fim dos anos 1970 e início de 1980, em que ele escreve o prefácio.

“Uma classe trabalhadora dotada de valores humanos tão elevados e de uma combatividade tão exemplar como a des­crita neste livro, saberá encontrar o cami­nho para barrar a ofensiva conservadora que pretende anular os avanços sociais dos últimos anos. Que ninguém duvide dessa capacidade”, escreve o ex-presidente.

O livro “A História de Luta dos Trabalhado­res na Ford. São Bernardo do Campo 1981 a 2016”, relata a memória dos 35 anos da formação da 1ª Comissão de Fábrica na montadora. Em 1981, em resposta às 450 demis­sões realizadas na fábrica da Ford em São Bernardo, cerca de nove mil trabalhadores cruzaram os braços lutando pela reinte­gração dos companheiros. Lula sugeriu que dentro da pauta de reivindicações da greve se incluísse a exigência da criação de uma Comissão de Fábrica.

O movimento, que durou cinco dias, conquistou o reconhecimento da Comis­são de Fábrica Provisória com a garantia da implantação da comissão definitiva. O resultado foi a criação da 1° Comissão de Fábrica do ABC, que atualmente é o Sistema Único de Representação, o SUR.

Para contar a história sobre a luta tra­vada nesses anos, os dois companheiros da formação da Comissão, Alberto Eulálio, o Betão e João Ferreira Passos, o Bagaço, organizaram o livro. Com depoimentos de 27 trabalhadores que fizeram parte do passado e do presente na Ford, o livro resgata essa trajetória antes da criação da Comissão até os dias atuais.

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