As milícias digitais bolsonaristas circulam a notícia falsa de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspenderia o PIX se fosse eleito presidente da República novamente. É mais um esforço dos seguidores de Bolsonaro para enganar o povo.
A mentira foi divulgada por meio de um print falso do portal G1. Obviamente que a imagem adulterada não traz o link original da notícia, mesmo por que, ela não existe. Um dos divulgadores da mentira foi o Secretário Nacional de Incentivo e Fomento à Cultura, André Porciúncula, bolsonarista fanático e conhecido pelo desastre na cultura e por torrar cerca de R$ 20 mil em uma viagem de cinco dias a Los Angeles no mês de janeiro. A missão tinha como objetivo tratar de assuntos do audiovisual, mas, inicialmente, não havia ninguém do setor na comitiva. Porciúncula apagou posteriormente a mensagem, seguindo a operação padrão da milícia digital bolsonarista.
Como explica o site Boatos.org, fake news que se utilizam de “prints” de portais de notícias como prova são recorrentes nas redes. O modus operandi deste tipo de balela é sempre o mesmo. Alguém entra em um portal de notícias, “inspeciona o código-fonte” (por meio de uma ferramenta do Google Chrome), modifica o conteúdo da página, dá um print screen e sai compartilhando a imagem falsa por aí.
Inclusão
Lula nunca suspenderia o PIX. Afinal, ele sempre apostou nas políticas de inclusão das pessoas mais pobres na economia no centro de seus esforços. O ex presidente quer mais dinheiro circulando na mão — e na conta — de todo mundo, sobretudo dos mais pobres.
Para se ter uma ideia, entre 2003 e 2010, 45 milhões de pessoas passaram a ter acesso a serviços bancários — o número de cidadãos com acesso a bancos ou cooperativas saltou de 70 milhões para 115 milhões no período.
Em oito anos de governo Lula, o número de brasileiros com acesso a serviços bancários passou de 40% para 59%, e continuou crescendo com Dilma (63% no final de 2012)
Tal crescimento foi determinado pela política de dar mais crédito aos brasileiros por meio dos bancos públicos, inclusive durante a crise econômica mundial de 2008. A carteira de crédito para pessoa física cresceu 88,7% nos 12 meses posteriores.
Bolsonaro destrói economia
Enquanto isso, no ano passado, o governo Bolsonaro legou uma inflação oficial acima de 10% em 12 meses. Com um aumento de preços que equivale ao dobro disso no principal grupo de produtos consumidos pelos mais pobres, os alimentos. No período, eles subiram cerca de 20% — e quase 40% desde o início da pandemia. O forte aumento no período foi agravado pelo crescimento do desemprego na metade mais pobre do país.
Ao mesmo tempo, o lucro dos bancos bateu recordes no governo Bolsonaro. O lucro somado das três instituições somou R$ 51,79 bilhões no acumulado de janeiro a setembro de 2021 – um crescimento de 46,1% em relação ao mesmo período de 2020.
É óbvio que fake news, como essa do PIX, são um esforço bolsonarista para esconder o debate sobre a tragédia do governo deles na economia nos últimos quatro anos.