Para movimentos populares, Brasil precisa ser reconstruído e retomar políticas de inclusão social

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Representantes de movimentos populares que se encontraram com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta (27), em São Paulo, destacam a importância de o Brasil voltar a ter um governo progressista para reconstrução do país e retomada de políticas públicas voltadas para mulheres, jovens e negros e de inclusão social das parcelas mais pobres da população. Todos apontam a volta da fome e a violência como males ampliados pelo atual governo que precisam ser vencidos num eventual novo governo liderado pelo petista.

“Sem dúvida alguma, a vida da população negra piorou no governo Bolsonaro porque, quando a gente fala em fome, desemprego e morte, a principal vítima é o pobre e o negro, a maioria do Brasil”, disse Simone Nascimento, da coordenação nacional do Movimento Negro Unificado. Ela lembrou que os governos petistas tiraram o Brasil do Mapa da Fome e instituíram as cotas raciais. “Precisamos recuperar isso e avançar no combate ao genocídio. Dar um basta à violência policial que matou Genivaldo em Sergipe, sob comando da Polícia Rodoviária Federal de Bolsonaro, e também na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro”.

Júlia Aguiar, coordenadora nacional do Levante Popular e vice-presidente da UNE diz que os quatro anos do governo Bolsonaro foram duros para o Brasil porque a crise econômica se intensificou num projeto voltado para a elite. “A gente viu a volta da fome.  O governo Bolsonaro criminaliza os movimentos sociais, ataca a democracia e é aliado daqueles que promovem o extermínio da juventude pobre, preta e que vive na periferia.  Lula rompe com esse projeto porque abre espaço para os movimentos sociais apresentarem as pautas e porque foi o presidente na história do Brasil que conseguiu diminuir as desigualdades e colocar a juventude na universidade e no mercado de trabalho formal”.

Representante da União Brasileira de Mulheres e ex-presidente da UNE, Carina Vitral também diz que o Brasil de Lula era muito diferente e melhor para a juventude e as mulheres porque representava oportunidades. “Com Bolsonaro, mulheres e jovens encontram portas fechadas, além de desemprego, violência e genocídio. Nossa luta é para voltar a andar de cabeça erguida”.

A presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Jade Beatriz, também denuncia que, no governo atual, os estudantes não conseguem ter acesso à educação, o povo brasileiro não tem comida no prato, nem perspectiva de trabalho e renda, assim como também falta acesso a coisas básicas, como as vacinas. “Lula é virada de chave para tudo isso, para a reconstrução do Brasil desenvolvido, do Brasil justo, com acesso a educação e saúde e para um Brasil feliz. No Brasil de Bolsonaro as pessoas são infelizes. No Brasil de Lula as pessoas eram felizes”.

Soniamara Maranho, da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), diz que a questão principal do atual governo é o risco à soberania do país, com o processo de privatização do setor energético, a entrega do patrimônio público, a exploração dos recursos naturais e a retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. “Agora precisamos retomar a democracia, acabar com o fascismo e refundar o Brasil”.