Pobreza aumenta no país depois do golpe: 1,5 milhão voltam à classe E
O Brasil está andando a passos largos para trás, após o golpe de 2016. O governo ilegítimo trouxe de volta ao país uma política que privilegia o mercado financeiro em detrimento da geração de emprego e de renda. Entre 2016 e 2017, um milhão e quinhentas mil pessoas voltaram à camada mais pobre da população.
A pobreza voltou a aumentar. Em 2017, a classe E aumentou 9%, ou seja, 1,5 milhão de pessoas deixaram classes sociais superiores e retornaram à base da pirâmide. Também entre os mais ricos houve retrocessos. Oitocentos mil pessoas saíram das classes A e B. A retração foi de 2,7% e 0,7% nessas classes, respectivamente. Os dados são parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE.
Essa atual realidade é muito diferente dos governos do PT. Entre 2002 e 2015, o rendimento cresceu para todos as classes sociais: a renda dos 20% mais ricos aumentou 23% nesse período, enquanto a dos 20% mais pobres superou os 80% de incremento. O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social no país, atingiu o mais baixo índice da história em 2015, quando chegou a 0,49. Quanto mais baixo o índice, menos desigual é o país. Em 2017, o índice aumentou para 0,549. No pós-golpe, entre 2016 e 2017, o rendimento médio mensal caiu R$ 12, apesar da inflação do período.
Os governos do PT promoveram um verdadeiro processo de redução da pobreza e das desigualdades que aliou política de valorização do salário mínimo, geração de emprego, retomada do investimento e políticas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Com o Programa Bolsa Família, 36 milhões de pessoas deixaram a pobreza extrema.
No terceiro mandato de Lula, a inclusão social voltará a ser o foco, com a geração de emprego e renda (inclusive por meio do Plano Emergencial de Emprego e Renda), o aumento do acesso ao crédito, a Reforma Tributária (que isentará pessoas que ganhem até 5 salários mínimos) e a volta da política de valorização do salário mínimo.