Por que a fake da urna fraudada ainda “pega”?

É fake. Mas Bolsonaro usa um medo antigo, e o histórico de urna fraudada, no país para atacar justamente o sistema que acabou com o problema!

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Mesmo que negue, sapateie e passe vexame no Twitter, Bolsonaro não disfarça seu plano de repetir Trump e convocar os bolsonaristas para acompanhá-lo em uma tentativa de golpe. Para criar um motivo que justifique a aventura, ele alimenta, desde 2018, a mentira de que existiria fraude ou fragilidade no sistema de urnas eletrônicas brasileiras. Não existe. A urna eletrônica é segura e auditável. Mesmo assim, muita gente entra na onda da desconfiança e isso afeta, diretamente, a credibilidade do sistema eleitoral como um todo. É que há motivos históricos para essa fake “pegar”. 

Por que o discurso de fraude nas urnas eletrônicas é tão bem recebido por tanta gente? Porque a gente está acostumado a desconfiar. Bem do jeito “gato escaldado tem medo de água fria”.

Fraudar processo de votação foi uma constante na história do Brasil.

Desde sempre, votações são sinônimo de disputas. 

Na cúpula do Império, por exemplo, a apuração era feita como um “bingo”, com os nomes cantados, e era comum que quem lesse aquela cédula alterasse o nome que estava ali. 

Já no Brasil República, quem entrou nessa conta foi o voto de cabresto. Depois da estruturação da Justiça Eleitoral em 1932, nós passamos por dois períodos ditatoriais (Getúlio 1937-1945; Ditadura Militar 1964-1985), ou seja, o direito de voto da população foi retirado da pauta.

Só em 1989 que tivemos nossa primeira eleição direta para presidente, ainda através do sistema de cédulas de papel. Mas é de menino que se torce o pepino e a verdade é que a gente nem sabia votar. Não sabia escolher representante, nem como fazer na hora H. E, para os oportunistas de plantão, que maravilha, eles iam desde trocar as cédulas verdadeiras por falsas até o roubo de urnas! 

Todos os problemas históricos dos processos eletivos sempre tiveram um ponto em comum: a ação humana em cada etapa. 

Precisávamos, então, de um sistema confiável e não-humano. Auditável e à prova de fraudes. 

Aí que as urnas eletrônicas vieram!

Mais que ter todas as etapas comprovadas de segurança, o processo pode ser conferido por qualquer um de nós e todas as informações sobre esse funcionamento estão no site da Justiça Eleitoral: justicaeleitoral.jus.br.

Em vez de desconfiar da ciência, vai lá conferir!

O bom senso adverte: por que alguém que foi eleito 5 vezes como deputado e uma vez como presidente pelo sistema eletrônico de votação levanta fake sobre as urnas?

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