Milhares de famílias em todo o país estão sendo obrigadas a devolver suas casas adquiridas por financiamento, diante da alta do desemprego e da queda da capacidade financeira durante o governo ilegítimo de Temer e do PSDB.
Só nos últimos seis meses, foram R$ 1,48 bilhão em casas e apartamentos confiscados por inadimplência de prestações. Isso corresponde a cerca de 70 mil imóveis em todo o Brasil tomados de seus donos.
O fenômeno está diretamente ligado ao desemprego que atinge hoje no país mais de 13 milhões de pessoas, deixando-as sem capacidade financeira de pagar suas dívidas e sem acesso a crédito.
Líder no setor imobiliário, a Caixa é responsável por cerca de 70% do total de moradias retomadas. Em junho, eram cerca de 47 mil imóveis de clientes que, somados, valiam R$ 9,1 bilhões.
A crise imobiliária se agrava em todos os setores: os cinco maiores bancos têm, em conjunto, R$ 13,7 bilhões de reais em imóveis desocupados, à espera de interessados para compra. O volume cresceu impressionantes 745% em quatro anos e meio.
Plano de governo de Lula prevê retomada do Minha Casa Minha Vida
Criado em 2009, o Minha Casa Minha Vida é um dos maiores programas habitacionais da América Latina. O programa teve resultados expressivos, pois, além de estimular a economia e gerar empregos, melhorou as condições habitacionais de milhões de brasileiros e brasileiras, já que, em nove anos, foram contratadas cerca de 4,28 milhões de novas unidades.
Em um novo governo, Lula irá retomar o programa com modificações relevantes para que possa ser uma ferramenta que contribua com a estratégia da nova política urbana. O governo Lula irá privilegiar a localização dos conjuntos habitacionais em áreas consolidadas, dotadas de infraestrutura urbana e mais próximas dos empregos. Serão estimuladas, ainda, a elaboração de projetos de melhor qualidade, assim como a incorporação de boas práticas e tecnologias ambientais, como reuso de água e eficiência energética.
O Minha Casa Minha Vida terá como meta a contratação de 2 milhões de moradia até 2022, com prioridade para as famílias de baixa renda.