Poder ter dinheiro para comprar um trator, um maquinário ou um lote era algo impensado para muitos pequenos agricultores do interior do Rio Grande do Norte, antes de Lula se tornar presidente da República.
Que o diga Francisco Carlos Saraiva, que hoje vive do beneficiamento da castanha-de-caju, graças a uma pequena fábrica caseira montada a partir de verbas conseguidas pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Criado em 1996, o Pronaf, voltado para o pequeno agricultor, é um programa de crédito que foi expandido e fortalecido com o governo Lula, chegando a doze linhas de crédito, como o Pronaf Semiárido e o Pronaf Mais Alimentos.
Para o agricultor Francisco Medeiros, foi essencial conseguir um empréstimo do Pronaf para comprar um trator e cuidar do próprio lote. “Hoje o preço da hora de trator está muito alto e tendo o trator em casa facilita muito ter um lote bem cuidado. Tendo o lote bem cuidado, a safra dá certo, mesmo quando a chuva é pouca”, afirmou.
Os programas criados por Lula para incluir pequenos agricultores na roda da economia vão muito além do Pronaf. O programa Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), por exemplo, foi criado para auxiliar as pessoas do campo a gerar renda com uma agricultura sustentável e de excelência. O Ater já ajudou 11.805 famílias a sair da extrema pobreza.
No programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais foram 7.949 famílias a receber recursos, de 2012 a 2016. Como não há agricultura sem água, foi de extrema importância a distribuição de cisternas no interior do Rio Grande do Norte: foram mais de 71 mil para consumo e produção em todo o estado.
“Acho que, para mim e várias pessoas, foi o presidente que ajudou a nação pobre, foi o governo Lula. Foi através do Lula que veio essa renda para a família mais pobre”, disse Saraiva.
O ex-presidente quer continuar olhando para os mais pobres. Em seu plano de governo, há o compromisso de retomar as ações iniciadas nas gestões petistas e de ampliar a infraestrutura de oferta de água. Será também desenvolvida a política de reuso e reciclagem da água, de promoção da eficiência hídrica e de busca de fontes não convencionais, como a dessalinização de água do mar.
A prioridade deve ser a produção agroecológica, tornando as práticas de agricultura de baixo carbono formas dominantes de produção no agronegócio e na agricultura familiar, em sintonia com a UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) que, desde 2013, afirma que o mundo precisa de novos paradigmas no desenvolvimento agrícola pautados pela “intensificação ecológica”.