O Partido dos Trabalhadores mobiliza em todo o país uma campanha de solidariedade para arrecadar alimentos e amenizar a fome, que atinge mais de 19 milhões de brasileiros. Na próxima segunda-feira (12), a presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), se reunirá com os presidentes estaduais do partido para definir os detalhes finais da campanha.
Lançada em 31 de março, a campanha – que será permanente – pretende arrecadar alimentos e outros gêneros de necessidade para entregá-los a entidades solidárias começando no dia 17 de abril (sábado), Dia Internacional de Luta pela Terra.
A arrecadação já começou em algumas cidades do país como Juiz de Fora, em Minas Gerais. Os alimentos podem ser entregues na Rua Severiano Sarmento, 277 – Altos dos Passos, das 17h às 22h, de segunda à sábado.
“Como disse o presidente Lula, vamos encher de amor e solidariedade esse país, para virarmos esse jogo da fome e da miséria que voltou a nos assombrar. Essa é uma campanha de solidariedade que já contamina Juiz de Fora e deve contaminar o país”, enfatiza o secretário de Movimentos Populares do PT de Juiz de Fora e responsável pela campanha na cidade, Lucas Cassab.
A iniciativa também mobilizou o diretório do partido em Iracema, no Ceará, com coleta de alimentos, coordenada pelo presidente do partido, Hélcio dos Santos Ferreira.
Propósito solidário
A campanha PT Solidário é uma demonstração do propósito do partido, motivado pela classe trabalhadora, conforme a secretária de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT, Vera Lúcia Barbosa.
“Servir, representar e sobre tudo apontar e construir juntos um outro mundo é possível. A militância do nosso partido entende o chamado do momento que é arrecadar alimentos, abastecer os lares que carecem do básico para a sobrevivência humana e o direito à alimentação”, defende Lucinha.
Golpe trouxe de volta a fome
A fome foi superada em 2013 pelo Brasil, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) retirou o país do Mapa da Fome, graças à política nacional de segurança alimentar implementada em 2003 pelo presidente Lula. Porém, após o golpe que tirou a presidenta Dilma Rousseff do poder, a falta de comida voltou a assolar a população. Apenas entre 2018 e 2020, a fome aumentou 27,6% no Brasil, segundo a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan).
Com a incompetência e insensibilidade de Jair Bolsonaro, que se recusa a colocar o Estado a serviço da população e negou a continuidade do auxílio emergencial de R$ 600, o problema se agravou. Em dezembro de 2020, quando três meses depois de o governo ter cortado pela metade o auxílio, a fome atingia 19 milhões de brasileiros, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, apresentado nesta segunda-feira (5) pela Penssan.
“É hora de proteger o nosso povo da fome, que tínhamos vencido nos governos Lula e Dilma e retrocedemos no governo genocida do Bolsonaro”, ressalta o secretário Geral do PT, deputado federal Paulo Teixeira.
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