Quem levou água para o sertão nordestino foram Lula e o PT. Não caia em fake!

Bolsonaro destruiu programa de construção de cisternas, que leva água para o sertão nordestino, e mente ao se tentar se apropriar da Transposição do São Francisco.

Compartilhar:

Bolsonaro está destruindo um dos principais legados dos governos de Lula e do PT e ainda quer se apropriar do que não fez. Ele diz que levou água para o sertão nordestino enquanto sabota a região cortando verbas do maior programa de acesso à água para lá. Foi o governo Lula que passou a investir no Programa Um Milhão de Cisternas e que tirou do papel o projeto da Transposição do São Francisco, iniciado em 2007 por Lula, e que Dilma Rousseff só não concluiu (fez até 88% da obra) porque foi vítima de um golpe. Com Bolsonaro, o programa teve recorde negativo de entrega de equipamentos pela primeira vez desde que ele foi lançado, no final de 2003.

Durante a campanha eleitoral de 2022, Bolsonaro tem dito nos debates e em seu horário político na TV que teria sido ele que fez a Transposição e que foi ele quem levou água para o sertão nordestino! Seu filho 02, o Carluxo, postou no Domingo (25) um vídeo manipulado e recortado para tentar dar a entender que Lula não teria feito nada para amenizar os efeitos da seca na região. Não caia em fake!

Bolsonaro mente sobre a Transposição e sabota programa de Cisternas no Nordeste

Sabe qual é a verdade? Bolsonaro praticamente acabou com os gastos com cisternas em seu governo. Vamos comparar os dados. Lula e Dilma entregaram 1,4 milhão de cisternas. Dentre elas, foram 1,25 milhão de cisternas para consumo; 169,5 mil cisternas para produção (segunda água); e 6,9 mil cisternas escolares. A meta do Programa Um Milhão De Cisternas foi batida em 2014, sendo que, tendo sido criado em 1999 pela ASA, só começou a receber verba do governo federal com Lula, em 2003. 

Já Bolsonaro promoveu um corte recorde no programa. Em 2019, ele direcionou R$ 75 milhões para sua realização e só executou R$ 67 milhões. Em 2020, foram R$ 74 milhões, dos quais apenas R$ 2 milhões foram executados – 2,7% do total! Em 2021 foram utilizados R$ 32 milhões de R$ 61 milhões. E, por fim, até setembro de 2022, ele executou meros R$ 160 mil de R$ 37 milhões.

O mau emprego da verba que já é pouca, visto a necessidade e a urgência do povo nordestino em ter água para viver e produzir, é um problema desse governo. Mas calma que só piora. A verba que Bolsonaro propôs para a questão no orçamento de 2023, já submetido ao Congresso, é de apenas R$ 2 milhões. Esse dinheiro não paga nem a construção de 500 equipamentos, já que o custo médio de cada cisterna é de R$ 5 mil. Hoje, são 350 mil famílias que necessitam da água das cisternas, de acordo com a ASA. 

Lula sempre foi um ferrenho defensor de políticas que buscassem minimizar o problema da seca na região Nordeste. Ele próprio nasceu no agreste de Pernambuco e conhece aquela realidade de perto. O ex-presidente sempre criticou que nenhum governante tenha, de fato, se dedicado ao problema de forma estrutural e não apenas através de políticas assistencialistas. Por isso, ele tirou o projeto de transposição do rio São Francisco do papel em 2007 e criou o Programa Um Milhão de Cisternas, em parceria com a Articulação do Semiárido (ASA). O programa foi reconhecido como uma das melhores políticas públicas do mundo, reconhecido até pela ONU. O povo nordestino é grato a Lula pela mudança de vida que a chegada da água limpa em suas propriedades proporcionou, como disse o trabalhador rural Reginaldo Bezerra de Lima em ato com Lula em Campina Grande no último mês de agosto. 

Não caia em fake news. Pesquise e denuncie. Faltam poucos dias para as eleições e precisamos desmentir todas as invencionices que Bolsonaro está contando para tentar enganar o povo. Aqui não!