Quem não sabe governar tem que pedir para sair

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a se manifestar contra a destruição do patrimônio nacional, praticada pelo Governo Bolsonaro. Se referindo diretamente à tentativa de privatizar 100% da empresa nacional de Correios e Telégrafos (ECT Correios), Lula criticou o desgoverno e a falta de visão estratégica do atual governo para o desenvolvimento do país.
“Esse negócio de tentar privatizar os Correios… Se o governo não sabe administrar, pra que governo?! Essas empresas que eles querem vender agora são estratégicas. Foram construídas com muito suor do povo brasileiro. E dão ao governo o poder de induzir nosso desenvolvimento”, disse Lula, em seu perfil nas redes sociais.
Os trabalhadores dos Correios tiveram essa semana uma vitória contra o processo de privatização. Respondendo a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (nº 6.635), requerida pela Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP) e um pedido de manifestação do Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria Geral da República enviou ofício à ministra Cármen Lucia opinando ser inconstitucional a proposta do governo de privatizar 100% dos Correios.
A Constituição prevê o monopólio da União sobre a exploração do serviço postal, o que impede o governo a vender os 100% dos Correios por meio de um Projeto de Lei (PL), como vem tentando. Para manter o plano, o governo precisaria de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que exige a adesão de dois terços do Congresso para ser aprovada.
O governo Bolsonaro quer aprovar no Congresso a privatização da empresa por meio do Projeto de Lei 591/21. O projeto tramita em caráter de urgência na Câmara, o que permite que a votação aconteça direto no plenário, sem precisar ser analisado pelas comissões legislativas. A ideia é aprovar o PL antes do recesso, previsto para acontecer na próxima semana.
O Ex-presidente Lula vem se manifestando enfaticamente contra a venda das estatais estratégicas para o país. Segundo ele, se não for barrada, a privatização dos Correios marcará a destruição de uma empresa que está há mais de 350 anos a serviço do povo brasileiro e fundamental para a integração do país, presente em todas as 5.570 cidades brasileiras. “Em defesa do patrimônio do povo brasileiro, e por serviços postais eficientes e acessíveis a toda a população, é preciso dizer NÃO à privatização dos Correios’, afirmou o presidente. A empresa apresentou lucro de R$ 1,5 bilhão no ano passado