A procuradora-geral da República Raquel Dodge solicitou nesta sexta-feira (19/10) à Polícia Federal (PF) a abertura de inquérito para investigar a disseminação de mensagens falsas na eleição presidencial de 2018 por parte de empresas de tecnologia da informação. Para Dodge, a divulgação de informações falsas possui “alta potencialidade lesiva”.
A solicitação da PGR foi encaminhada ao ministro da Segurança Pública Raul Jungmann (a PF é subordinada ao Ministério). No pedido de abertura de investigação, a procuradora-geral da República cita reportagens publicadas sobre o tema.
No dia 18 de outubro, a Folha de S.Paulo publicou reportagem denunciando: “Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp“. De acordo com o jornal, “com contratos de R$ 12 milhões, prática viola a lei por ser doação não declarada”.
O PT protocolou ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referente à denúncia, pedindo, inclusive, que Jair Bolsonaro (PSL) seja declarado inelegível pelos próximos oito anos. Nesta sexta-feira, o TSE deu prosseguimento à ação, mas ainda não decidiu sobre o caso.
Para Raquel Dodge, “o quadro de interferência” nas decisões dos eleitores, com base em falsas informações, representa uma “afronta” à integridade do processo eleitoral.
A PGR acrescentou que as reportagens sobre o tema já motivaram a abertura de uma apuração por parte da Procuradoria-Geral Eleitoral. Dodge quer que a PF investigue a questão em relação às duas campanhas envolvidas no segundo turno da eleição presidencial.
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