Representantes sociais criticam violência do governo Bolsonaro

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Mineira de Diamantina (MG), Cristiana Santos, 37, estudou Humanidades na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, graças às cotas raciais instituídas pelos governos do PT.  Militante do MTST, e participante da ocupação Vitória na cidade onde nasceu, Cristiana diz que o governo Bolsonaro dificultou o acesso à universidade e criou um ambiente no país favorável ao aumento de violência a pessoas LGBTQIA+ como ela.

“Os programas sociais foram cortados ou hoje têm um acesso mais difícil. Hoje, vejo pessoas como eu sem a mesma oportunidade que tive de ir para a universidade”, disse nesta sexta, 27, após participar do ato Movimentos Populares com Lula, no qual entidades entregaram sugestões de reconstrução do Brasil ao futuro candidato à Presidência.

A indígena Vanuza Kaimbé também vê retrocessos do atual governo. Ela migrou da Bahia para São Paulo há 35 anos, teve o primeiro emprego como babá e foi, inspirada pela trajetória de Lula, em busca de estudos. Hoje é formada em serviço social. Entre as conquistas dos governos do PT, ela ressalta programas como Luz para Todos e de construção de cisternas, que melhoram a vida em comunidades indígenas. Ela disse também que os parentes indígenas tiveram maior acesso à educação superior por causa dos governos do PT.

Mãe Rose de Oxossi, da casa da Caçada, disse que a filha Carolina só conseguiu se formar na universidade por causa de programas, como Prouni e Fies, instituídos nas gestões petistas. “Ele deu oportunidades”. Mãe Rose diz também que as pessoas de religiões de matriz africana, como ela, vivem hoje com menos proteção por causa do governo que estimula a violência e não respeita a diversidade religiosa, mesmo o Brasil sendo um país laico.