Salário mínimo vai voltar a aumentar outra vez, diz Lula

Ex-presidente defendeu acordos com empresários e sindicatos para assegurar direitos a trabalhadores sem nenhuma proteção como os que atuam em aplicativos

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Em entrevista à rádio de Belém, Lula diz que salário mínimo voltará a aumentar

Em entrevista à Rádio Clube do Pará, na manhã desta quarta-feira (31/08), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo vai atuar como indutor do desenvolvimento, o país vai voltar a crescer e a gerar emprego, com salário mínimo valorizado, como aconteceu em suas outras gestões.

”̈Esse país vai voltar a crescer. Esse país vai gerar emprego e esse país vai poder melhorar. No meu mandato, o salário mínimo aumentava todo ano, de acordo com o crescimento do PIB. A gente pagava a inflação e dava aumento de salário de acordo com o crescimento econômico, e é por isso que o salário mínimo aumentou 74% e vai voltar a aumentar outra vez”, disse ele.

O ex-presidente lembrou que, além de cerca de 10% de pessoas desempregadas, o Brasil tem um contingente de milhões de pessoas em empregos precarizados, sem registro em carteira profissional, como se estivessem fazendo bicos. Ele defendeu acordos para entre patrões e empregados para que haja algum tipo de proteção social.

“O que nós queremos é fazer alguma coisa. Primeiro, fazer um acordo com empresários e sindicatos, não para que volte a lei anterior, mas para que a gente possa criar condições para que trabalhadores, mesmo os de aplicativo, possam ter direitos¨, afirmou. Lula citou direitos como o descanso semanal remunerado e algum seguro para proteger profissionais, como os que atuam em aplicativos, em caso de acidente. 

“Ele tem que ter férias, ele tem que ter algum tipo de seguro. Para quando tiver algum acidente, bater sua moto, bater seu carro, bater sua bicicleta, ele ter seguro e garantia de que vai poder repor aquilo que ele perdeu. Hoje ele é tratado como um escravo. Se tiver saúde, ele consegue trabalhar, mas se tiver doente não consegue. Se a mulher for ter um filho, não tem (licença) maternidade. Então, é preciso dar civilidade para essas pessoas”, defendeu o ex-presidente.