Sem comida: metade dos brasileiros cortou itens básicos do café da manhã

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Em seu discurso de posse como presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou: “se, ao final do meu mandato, todos os brasileiros tiverem a possibilidade de tomar café da manhã, almoçar e jantar, terei cumprido a missão da minha vida”. Em 2014, o Brasil saiu pela primeira vez do Mapa da Fome da ONU. Infelizmente, no Brasil de Bolsonaro, a fome voltou a ser uma realidade para grandes parcelas da população. O povo não tem nem mais comida para o café da manhã: 41% dos brasileiros precisou cortar o consumo de pão, item mais básico do cardápio matutino.

É o que mostra levantamento realizado pelo Datafolha entre 13 e 15 de setembro de 2021. Segundo a pesquisa, 51% das pessoas cortou o consumo de sucos, 46% parou de consumir leite, queijos e iogurte e 41% parou de comer pão (francês, de forma ou de qualquer outro tipo). Ou seja: tomar café da manhã não é mais possível.

A situação é ainda mais grave ao se levar em consideração os alimentos em geral: 85% dos brasileiros reduziu o consumo de algum alimento desde janeiro de 2021. A carne vermelha foi cortada da dieta de 67% das pessoas, o macarrão não frequenta mais as panelas de 38% da população e o arroz com feijão não são mais realidade para cerca de 35% dos cidadãos.

A inflação descontrolada no país é ainda mais grave no setor alimentício: a alta de alimentos chega a 17% no acumulado de um ano.

Lembra do pão com leite condensado do Bolsonaro? Nem pão, nem leite, nem gestão.