Em discurso hoje, 12, durante visita ao Acampamento Terra Livre, em Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, 12 anos após sair da presidência, está disposto a voltar a governar o Brasil, buscando soluções humanistas e de paz para que o país possa retomar o caminho do desenvolvimento e da igualdade.
“Eu estou disposto a voltar a governar este país, 12 anos depois que eu saí da presidência. Em 12 anos, a gente aprende muito, a gente sabe o que fez, a gente sabe o que não fez e a gente sabe o que poderia ter feito. Não é possível governar esse país apenas dentro de uma sala no Palácio do Planalto”, afirmou.
O ex-presidente voltou a afirmar que, caso seja reconduzido ao Planalto, será para fazer mais pelo povo brasileiro do que em seus dois primeiros mandatos. “Quero que vocês saibam que eu vou voltar mais sabido, vou voltar mais calmo, com mais experiência. E só tem uma razão para voltar: é para fazer mais e melhor do que nós fizemos no nosso primeiro governo”, declarou.
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Segundo Lula, a ideia em caso de uma vitória nas eleições de outubro é iniciar o mandato chamando todos os setores da sociedade para um diálogo que ajude a elaborar como o governo será conduzido a partir de janeiro de 2023.
“Pretendo transformar o mês de janeiro no mês da construção das propostas do país que a gente vai reconstruir. Um país em que o presidente esteja disposto a distribuir livros, a distribuir fraternidade e solidariedade e não vender armas e balas para que fazendeiros possam atirar em índios e trabalhadores rurais. Nós queremos um governo humanista, que trate as pessoas com afeto e com carinho, porque precisamos ser tratados com amor, com carinho, com muita compreensão e não com bala, como estão fazendo hoje. Não queremos invasão em terra indígena”, ressaltou.
Lula também ressaltou a importância da participação popular na elaboração das políticas públicas, como foi feito nas 74 conferências nacionais realizadas ao longo dos 13 anos dos governos do PT, incluindo conferências de povos indígenas. “O que eles não querem é que a sociedade participe ativamente. Quando eu era presidente, fiz 74 conferências para decidir as políticas públicas. Porque o presidente da República não só não sabe como não tem o direito de saber tudo. E se não sabe, seria inteligência dele ouvir as pessoas para saber o que, como e quando fazer”.
O ex-presidente também voltou a defender a soberania nacional, contra a venda de empresas estatais importantes e a destruição da biodiversidade brasileira. “Cuidar da floresta, cuidar das reservas florestais deste país, cuidar da nossa água doce, para que o povo tenha água de qualidade, é uma obrigação do Estado. Por isso nós precisamos lutar para que o Brasil volte a ser um país soberano, que não se venda a Petrobras, a Eletrobras, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o Correio, que não venda as nossas florestas”, finalizou.
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