O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que a Suprema Corte provou que a Lava Jato era uma farsa com objetivos políticos para tentar destruir o PT. Em entrevista ao vivo à rádio paraibana Espinharas, hoje (15), Lula disse que o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff foi “anormalidade política” e que a mentira que resultou na deposição da sucessora teve continuidade com a tese de corrupção endêmica do PT, que o levou à prisão por 580 dias.
“Inventaram uma mentira, da pedalada, essa mentira foi transformada numa verdade por amplos setores de comunicação e a Dilma foi julgada e condenada por aqueles que queriam condenar, liderado pelo ex-presidente da Câmara, o Eduardo Cunha. Depois, não contentes com isso, inventaram uma história do processo da corrupção endêmica causada pelo PT, me prenderam durante 580 dias, e hoje está provado que não tem nenhum processo mais contra mim porque a Suprema Corte conseguiu mostrar que o Bolsonaro era uma farsa, que o Dallagnol era uma farsa e que aquilo tinha objetivos políticos para tentar destruir o PT”.
O ex-presidente voltou a falar em eventual candidatura, disse que ainda vai se decidir, depois que conversar com muita gente, e destacou que, mais do que ganhar eleição, é preciso fazer uma revolução no Brasil para recuperar o emprego, a economia, a ciência e tecnologia e para dar esperança à juventude do país.
“Estou conversando com muita gente, mas tenho falado para a minha presidenta, a Gleisi Hoffmann, que eu não quero ser um candidato apenas do PT. Eu quero ser candidato de um movimento, não apenas para ganhar as eleições, mas para reconstruir o Brasil. Para fazer com que as pessoas voltem a comer três vezes ao dia e quatro se quiserem, para recuperar o direito das pessoas trabalharem, o direito das pessoas viajarem dignamente, o direito das pessoas viverem e criarem suas famílias com segurança, compromisso e a certeza de que vão ter um futuro melhor”.
Lula disse estar convencido de que o PT tem condições de recuperar o Brasil e lembrou do legado do partido no período em que esteve no poder. “Nós consertamos esse país, a inflação ficou em 4,5%, que era a meta que nós estabelecemos; o desemprego chegou no final do mandato da Dilma a 4.3%, o menor da história; a gente reduziu a dívida de 65% para 32%; gente que nunca tinha tido reservas, fez reservas que hoje estão em 370 bilhões de dólares, uma espécie de uma poupança que dá estabilidade a esse país; e ao mesmo tempo nos pagamos o FMI e emprestamos 15 bilhões de dólares para eles”, repetindo que o “milagre” para tanto foi incluir o pobre no orçamento e fazer a economia girar.
Veja a íntegra da entrevista:
