Todos temos a obrigação política de encontrar uma solução negociada para os conflitos de terra

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quarta-feira (13) de um debate na Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul (FIEMS), em Campo Grande, com a presença do governador André Pucinelli, do senador Delcídio do Amaral, e dos presidentes da FIEMS, Sergio Longen e da Federação de Comércio do Mato Grosso do Sul (Fecomercio-MS), Edison Araújo.

No encontro, Lula defendeu o encaminhamento de uma solução negociada para os confitos de terra entre povos indígenas e proprietários rurais no estado, questão levantada pelo senador Delcídio do Amaral e pelos presidentes das associações empresariais presentes.

Em sua exposição, Lula falou sobre a transformação do Brasil e do Mato Grosso do Sul nos últimos 10 anos, com a expansão do crédito, o prograna Bolsa Família, a ampliação  do comercio exterior e a geração de milhões de empregos. “Este país saiu de ser um país desacreditado para se transformar até 2015 na 5º economia do mundo. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, em 10 anos, a renda per capita subiu de 7 mil reais para R$ 17.765 reais. E que o sucesso dos últimos anos é uma prova da capacidade do Brasil de enfrentar desafios. “Não há razão para ficar pessimista”.

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Sobre o Programa Bolsa Família, o presidente lembrou de sua importância para enfrentar a pobreza no Brasil, reconhecido pela ONU como referência para o combate à pobreza, e a transformação positiva que ele  gerou na economia e no social, mas lembrou que ele é apenas uma etapa nesse combate. “Eu só vou estar contente com o Bolsa Família quando ninguém mais precisar do Bolsa Família”.

Lula também defendeu o apoio do Brasil ao desenvolvimento dos seus vizinhos na América do Sul. “Quando os vizinhos crescem junto com a gente, eles deixam de ser um problema e passam a ser uma solução. Porque esse foi o milagre do Brasil, os pobres deixaram de ser parte do problema e passaram a ser a solução”.