Trabalhador ficou mais pobre no governo Bolsonaro

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No período Lula, maioria dos reajustes salariais foi acima da inflação

A gestão desastrosa do governo Bolsonaro tem levado ao empobrecimento do trabalhador brasileiro. Enquanto os preços sobem desenfreadamente, os reajustes salariais, na maioria das vezes, não compensam as perdas provocadas pela alta da inflação. Significa dizer que o dinheiro do trabalhador vale menos a cada vez que ele vai ao supermercado, abastecer o carro ou mesmo buscar um momento de lazer.

Entre 2019 e 2021, um terço dos trabalhadores (33%) perdeu poder de compra quando seus reajustes ficaram abaixo da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), enquanto 33,1% foram reajustados em valores iguais ao INPC e 33,9% dos reajustes ficaram acima do índice. A situação é pior quando avaliamos apenas 2021, pior ano do governo Bolsonaro para o trabalhador.

No ano passado, quase metade dos trabalhadores brasileiros (47,7%) ficou com seus reajustes abaixo da inflação, 36,6% dos salários foram reajustados no mesmo percentual e 15,8% foram corrigidos acima da variação de alta de preços. Com esse descompasso, a conta não fecha, o salário não dá.

É uma realidade bem diferente daquela vivida nos tempos Lula. Entre 2003 e 2006, primeiro governo do petista, 57,9% dos reajustes superaram o INPC, 19% igualaram e apenas 23,1% ficaram abaixo da variação do índice. No segundo governo do ex-presidente, entre 2007 e 2010, o desempenho foi ainda melhor: 82,9% dos reajustes foram acima da variação do índice de inflação, 9,9% foram iguais e apenas 7,2% ficaram abaixo.

O verificado nos anos seguintes da presidenta Dilma confirma a gestão cuidadosa dos governos petistas com os interesses do trabalhador. Entre 2011 e 2015, 81,4% dos reajustes ficaram acima do INPC, 11,5% foram iguais e 7% ficaram abaixo do índice.

Entre 2016 e 2018, último ano do governo Dilma, pré-golpe, e período do governo Temer, houve redução com relação ao período petista, mas os reajustes acima da inflação ainda eram maioria: 51,5% dos reajustes ficaram acima do INPC, 30% foram em valores iguais ao INPC e 18,6% foram abaixo do INPC.