Em tempos de desemprego alto, crescimento pífio da economia e ineficiência do governo para tratar dos problemas do país, é cada vez maior a parcela de brasileiros que passa por dificuldades e até quem está empregado tem menos dinheiro para sobreviver. Um dos indicadores é o aumento da informalidade e do universo de trabalhadores que ganham até o piso salarial, enquanto os postos de trabalho com salários mais altos são fechados.
No primeiro trimestre deste ano, o percentual de trabalhadores formais e informais com remuneração de até um salário mínimo chegou a 38,22% do total de ocupados, apresentando um crescimento expressivo em relação aos anos anteriores. Em 2015, antes do golpe que tirou a presidenta Dilma Rousseff do poder, essa parcela era de 27,6%. Em 2018, quando o Brasil já era governado por Michel Temer, o percentual era de 30,09%. Os dados são da Tendência Consultoria e foram publicados hoje (6) no jornal O Globo.
Segundo o levantamento, em números absolutos foram 8,3 milhões de pessoas que entraram no grupo dos que ganham até um salário mínimo, o que fez esse universo chegar a 36,4 milhões de brasileiros.
Informalidade com baixos salários
O estudo também mostra como essa elevação do número de pessoas que ganham o piso foi maior entre os informais. Entre os trabalhadores com carteira assinada, o total de pessoas que ganham o piso passou de 14,06%, em 2018, para 22,48% no primeiro trimestre deste ano. Entre os informais, o salto foi de 53,46% para 61,73%. No grupo de trabalhadores sem carteira assinada, há, inclusive, um grande contingente que ganha menos que o piso.
Postos com maiores salários são fechados
A consultoria demonstra ainda que, entre o primeiro trimestre de 2016 e o mesmo período de 2022, o Brasil registrou saldo de 4,6 milhões de postos de trabalho, dos quais 76% no mercado informal. Foram criados 7 milhões de vagas com rendimento de um salário mínimo e fechamento de 2,4 milhões de postos de trabalho com rendimento superior ao mínimo.
Ou seja, a qualidade do emprego está piorando e quem paga o pato é o trabalhador que tem que fazer malabarismo para pagar as contas e sobreviver.
A reportagem lembra que Jair Bolsonaro será o primeiro presidente, desde o Plano Real, a concluir o mandato com salário mínimo valendo menos do que quando entrou.
“Nenhum governante neste período, seja no primeiro ou no segundo mandato, entregou um mínimo que tivesse perdido poder de compra. A cesta básica, em abril, por exemplo, estava custando R$ 803,99 em São Paulo, de acordo com pesquisa do Dieese. Isso equivale a 66,3% do salário mínimo atual. Em abril de 2019, início do governo Bolsonaro e antes da crise da pandemia, o custo da cesta básica na capital paulista era de R$ 522,05, correspondente a 52,3% do salário mínimo da época, de R$ 998”, diz a reportagem.
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