A 8 dias das eleições e com Bolsonaro atrás nas pesquisas, estão surgindo mensagens pró-Bolsonaro enviadas via disparos ilegais em massa por SMS.
Isso é ilegal, bem como os disparos via WhatsApp também já denunciados. Alô TSE!!!
O assunto foi revelado pelo site The Intercept, que conversou com três pessoas que receberam as mensagens e autorizaram a publicação de seus prints. A mensagem recebida pelos denunciantes chegou na madrugada da sexta-feira (23) para o sábado (24), via o número 28523 e dizia: “Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senao, vamos a rua para protestar! Vamos invadir o congresso e o STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nos!!”
O mais grave é que os números que receberam as mensagens através de disparo ilegal podem ter sido coletados de dados armazenados pelos órgãos do governo do Paraná.
Recentemente, denunciamos que apoiadores de Lula que fazem parte do seu grupo de campanha no Zap receberam mensagens que informavam o número de Bolsonaro nas urnas, bem como de todos os seus candidatos no estado de São Paulo. As mensagens foram enviadas por número estrangeiro, registrado nos EUA. O recebimento de mensagem com conteúdo eleitoral não solicitado é fruto de disparos em massa, que, como dissemos, é proibido.
O ministro Alexandre de Moraes afirmou, ainda em 2021, que não toleraria o uso disparo em massa no pleito de 2022, como ocorreu em 2018 por parte de Bolsonaro. A prática configura abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Faltam 8 dias para as eleições e estamos alerta para o que Bolsonaro e o bolsonarismo tentarão fazer nessa reta final que desrespeitam as leis eleitorais e a democracia. Queremos que o TSE investigue e julgue as denúncias, pois, caso se comprovem, a chapa deve ser cassada.
E tem mais uma suspeita que pode ser levantada em torno do caso e que é preciso ficar de olho: em julho deste ano o Ministério da Economia de Bolsonaro contratou uma empresa do interior de São Paulo para disparar 2 bilhões de mensagens via SMS com conteúdo, supostamente, de serviços públicos oficiais. Seria mera coincidência a contratação tão perto das eleições? Estamos de olho!